Acorda Cidade
"Diálogo é ato de falar e ouvir. Em democracia, sem diálogo não existe solução. É o que acontece neste Governo. O prefeito não sabe fazer nenhuma das duas coisas". O comentário, com conteúdo crítico ao chefe do Poder Executivo em Feira de Santana, Colbert Martins Filho, é da vereadora Eremita Mota (PSDB).
Primeira-secretária da Câmara e primeira vereadora a presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Casa, a professora, que cumpre o quinto mandato consecutivo, é também recordista em legislaturas entre as mulheres que já chegaram ao Legislativo Municipal, em toda a história da cidade.
Para 2022, Eremita espera "chegar a hora de Colbert assumir a sua responsabilidade, em vez de ficar colocando a culpa de seus erros no outro". Segundo a experiente vereadora, (muito antes de se eleger para a Câmara em 2004 ela já participava da vida pública em Feira de Santana), culpar a terceiros por seus desacertos é "forma de esconder as próprias limitações e impede a si mesmo aprender e evoluir". Observa que Colbert, em "sentimento de aflição", tenta responsabilizar os vereadores, quando comete equívocos.
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Eremita lembra que já deu o seu voto ao prefeito, no passado, quando foi candidato a deputado federal. Atendeu a pedido do pai dele, o ex-prefeito Colbert Martins da Silva, "de quem eu gostava muito". Hoje, se decepciona com ele: "disse outro dia que Fernando (Torres) deve cuidar da Câmara e que vice deve ser tratado como vice. O presidente da Câmara, obviamente, administra este Poder, mas tem o dever de fiscalizar o Executivo. Não entendi bem o que ele quis dizer ao vice-prefeito, mas acho que foi muito deselegante".
Sobre o relacionamento político com o presidente Fernando Torres, neste primeiro ano da atual legislatura, a 1ª Secretária diz ter as melhores referências. "Tem coragem de colocar a Câmara com uma nova cara. Tirou a característica de ser um puxadinho da Prefeitura. Quem tem mais de um mandato nesta Casa sabe disso", elogia.
