Feira de Santana

Bebê com pouco mais de um mês de vida aguarda regulação para iniciar tratamento de reabilitação intestinal

O tratamento não será realizado no estado da Bahia.

Gabriel Gonçalves

Isabel Figueiredo da Silva nasceu no dia 22 de novembro no Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana, e após o nascimento, foi diagnosticada com um problema no intestino delgado, precisando remover parte do órgão.

Lutando pela vida, Isabel precisa ser transferida para iniciar o tratamento de reabilitação intestinal, que não é feito no estado.

Ao Acorda Cidade, o pai Silmar Souza da Silva, contou que a regulação já foi enviada para o Ministério da Saúde, mas ainda aguarda a transferência.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"A gravidez da minha esposa já estava sendo acompanhada pelo Hospital, por conta de uma encefalocele, um tipo de carocinho que tinha na cabeça da minha filha. Logo quando ela nasceu, foi encaminhada para a UTI para que fosse feito o acompanhamento e realizar a cirurgia desse carocinho. Era algo simples e a cirurgia aconteceu no dia 3 de dezembro, mas depois disso, ela começou a apresentar problemas no estômago, começou a inflamar e no dia 5 de dezembro, ela foi submetida a uma cirurgia, foi a primeira cirurgia no estômago, onde parte do intestino delgado foi removido. Depois de 72 horas, o local foi novamente aberto para remoção da outra parte que não tinha conseguido se regenerar, então atualmente a minha filha só tem 7cm de intestino delgado e necessita dessa transferência para São Paulo ou Belo Horizonte. Essa regulação já está com o Ministério da Saúde para que seja iniciado o tratamento, que é uma reabilitação intestinal, caso contrário, será um transplante intestinal", explicou.

De acordo com Silmar, a espera pela transferência já se estende pelo sexto dia.

"Precisamos com urgência dessa transferência, porque quanto mais cedo for, melhor será para ela. Essa transferência já foi colocada para o Ministério da Saúde desde a última quinta-feira, dia 6, mas até o momento nenhuma resposta foi dada, não temos recursos para isso, é um tipo de procedimento bastante complexo, de custo alto. Já entramos com este processo na Defensoria Pública para agilizar, mas também ainda não tivemos retorno", alegou.

Segundo Silmar, a equipe médica informou que é impossível um ser humano sobreviver com apenas 7cm de intestino delgado, portanto caso não tenha o devido tratamento, a pequena Isabel pode não resistir.

"Os médicos relatam para a gente que a única alternativa nesse momento, é o tratamento, porque não existe outra possibilidade. É impossível um ser humano sobreviver com 7cm de intestino delgado, porque o intestino é responsável pela absorção de todos os nutrientes para o corpo se manter. Quando ela fez a primeira cirurgia, ela teve o chamado volvo, que as pessoas conhecem como 'nó nas tripas', e com isso, o intestino dela ficou bastante sofrido, empreteceu e teve que ser retirado, pois caso contrário, ela não iria sobreviver. Isabel é a minha segunda filha e junto com minha esposa, estamos buscando forças para manter a estabilidade emocional, porque não é fácil, é muito complicado, a gente saber que a situação é grave e não ter o que fazer, nos sentimos de mãos atadas. Hoje, Isabel está com uma estabilização boa para que seja feita essa transferência", concluiu.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários