Gabriel Gonçalves
Cerca de três mil animais entre cachorros e gatos abandonados e assistidos por abrigos de Feira de Santana serão castrados com o objetivo de 'frear' o crescimento da população animal no município.
A ação é coordenada pela Associação Protetora de Animais (APA) em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Feira de Santana.
Ao Acorda Cidade, a coordenadora da APA, Bianca Brito, pontuou a principal causa da ação e destacou alguns benefícios que esta ação promove para o animal.
"A castração se iniciou ontem, onde três mil animais serão contemplados entre cães e gatos. O grande diferencial dessa vez, é que a gente vai atingir a população fêmea para garantir o controle dessa população. Atualmente, nós somos totalmente a favor da castração, que nada mais é, do que remover o órgão reprodutivo do bichinho, para que a gente não facilite mais a reprodução dessa população, possibilitando também diversas alterações comportamentais, por exemplo, um animal que é muito arredio, aquele animal que é agressivo, tende a ficar mais calmo", explicou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Não só animais de rua, como outros animais também podem ser castrados nesta campanha, mas para isso, os responsáveis por estes animais, precisam ser avaliados.
"Com relação a este mutirão de castração que estamos fazendo, existe uma série de critérios que devem ser seguidos. Então além dos animais que vivem na rua, estamos também atendendo aquelas pessoas que fazem parte do grupo de baixa renda, as ongs, os protetores independentes e acumuladores. Infelizmente o número de animais abandonados nas ruas, aumentou muito aqui em Feira de Santana e a prefeitura irá nos auxiliar nessa castração, realizando os procedimentos por etapas", afirmou.
Para Bianca Brito, esta ação que será realizada em Feira de Santana neste ano, será de suma importância, não só para o município, como para o território brasileiro.
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"Quando a gente fala em controle populacional de cães e gatos que são animais domésticos, a gente primeiro fala na questão do bem estar dos bichinhos. Porque se a gente parar para pensar e ver todos estes animais abandonados, além de ser péssimo para eles, principalmente por questões de maus tratos, existe a questão psicológica envolvendo os seres humanos. Então pedimos a colaboração do público e salientamos que esta ação não será aberta para a população de classe média e alta. Estas pessoas que em caso de nos procurar, iremos direcionar para outros médicos veterinários, porque o projeto em si, é para estas pessoas de baixa renda que não possuem condições financeiras de realizar o procedimento em uma unidade privada", destacou.
Ao Acorda Cidade, a coordenadora do CCZ, Miza Cordeiro, explicou que a castração inicial, será feita nos animais que já estão cadastrados, como animais que vivem em abrigos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"A prefeitura junto com o CCZ está fazendo esta logística de trazer os animais aqui para o Centro, onde é realizada a castração e logo depois, estes animais retornam para os abrigos, para que o processo pós-operatório seja realizado onde eles já convivem. Futuramente, estes animais que já estiverem castrados, poderão ser adotados por uma família, porque eles precisam de um lar, não podem ficar em abrigos e precisamos sempre bater nessa tecla, porque realmente os animais precisam de um local adequado", enfatizou.
De acordo com Miza Cordeiro, é provável que a castração dos animais de famílias de baixa renda, comece a ser feita no mês de março.
"Nesse primeiro momento iremos realizar a castração dos animais dos abrigos, então já estamos entrando em contato com estas unidades, e assim que terminar o processo deste público, aí sim, iremos abrir espaço para que as pessoas possam trazer os animais, porém para isso, é preciso que estas pessoas estejam dentro de alguns critérios, como não ter condições de levar o animal em um hospital veterinário, ter cadastro no NIS e ter cadastro aqui em nosso CCZ", explicou.
Ainda segundo a coordenadora do CCZ, a estimativa é que cerca de 50 animais sejam castrados por dia, sendo que este processo será realizado apenas nas terças e quintas, até que atinja o número de três mil animais.
Foto: Arquivo Pessoal
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
