Política

Câmara vota por derrubada de veto de Bolsonaro a fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões em 2022

Valor é quase o triplo do destinado para o fundo nas eleições de 2018 e de 2020. Veto ainda será analisado pelo Senado.

O plenário da Câmara dos Deputados votou nesta sexta-feira (18) pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro a um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mantendo a previsão de R$ 5,7 bilhões em recursos públicos para o fundo eleitoral em 2022.

A derrubada do veto ainda depende, porém, de decisão do Senado. A sessão também está marcada para esta sexta-feira.

A aprovação do novo valor do fundo eleitoral foi respaldada por deputados da base e da oposição. Foram 317 votos a favor da derrubada e 146 contra.

O PL, partido de Jair Bolsonaro, defendeu a derrubada do veto assinado pelo presidente. Da mesma forma, legendas do chamado “centrão”, como o PP e o Republicanos, orientaram a favor da medida. Deputados do PT também apoiaram o fundo eleitoral de até R$ 5,7 bilhões.

Partidos como o PSOL, Novo, Podemos e PSL orientaram que suas bancadas votassem contra o aumento do fundão.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido no Congresso como “fundão”, foi criado em 2017 e serve para bancar, com recursos públicos, campanhas eleitorais.

Neste ano, deputados e senadores elevaram o valor do fundão e aprovaram a destinação de R$ 5,7 bilhões para 2022, quase o triplo dos cerca de R$ 2 bilhões empregados nas eleições de 2018 e de 2020.

A equipe econômica defendia a reserva de R$ 2,1 bilhões para o fundo eleitoral, valor que consta na proposta de Orçamento para 2022.

Ao vetar esse trecho da LDO, Bolsonaro argumentou que a medida “contraria o interesse público” e acarretaria a diminuição das emendas de bancada, recurso também público destinado a deputados e senadores.

“Desse modo, a proposição legislativa teria impacto negativo sobre a continuidade de investimentos plurianuais, incluídos os investimentos em andamento cujo início tenha sido financiado por emendas de bancada estadual em exercícios anteriores”, argumentou o presidente.

Fonte: G1

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