Feira de Santana

Engenheiro da Operações e Manutenção diz que chuvas atrapalham processo de recuperação de vias em Feira de Santana

Várias reclamações sobre buracos e piso deteriorado têm chegado ao Acorda Cidade.

Laiane Cruz

O engenheiro João Vianey, diretor da Superintendência de Operações e Manutenção da Prefeitura de Santana (Soma), falou na manhã desta sexta-feira (10) sobre o andamento no processo de recuperação de diversas vias da zona urbana e rural do município.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, ele destacou que as chuvas têm dificultado o trabalho de patrolamento e recuperação das vias. Veja a entrevista na íntegra:

Acorda Cidade – A Estrada do Besouro, as pessoas estão pedindo socorro. A prefeitura ainda não fez essa estrada?

João Vianey – Tem duas situações. No trecho que é calçado com paralelepípedo, a gente tem um problema de lançamento de água servida e têm alguns trechos com problemas. A gente chegou a fazer um reparo com asfalto, mas não surtiu o efeito esperado. A gente está esperando uma recomposição desse paralelo. E no outro seguimento, que não é pavimentado, nós fizemos o cascalhamento, mas têm alguns bolsões que exigem um volume muito grande, que a gente fez já uma parte da intervenção, que a gente fez algumas vezes, mas têm alguns trechos que a gente vai patrolando e controlando. O que é importante ressaltar é que estamos num ano atípico na questão do volume de chuvas. Pelas referências, nos últimos 36 anos é a maior frequência e o maior volume de chuva, então isso de fato compromete e tem aquele ponto que eu bato sempre que são as contribuições de água servida, de esgoto, que são inimigos do pavimento.

Acorda Cidade – Tem algum projeto específico para pavimentar a Estrada do Besouro?

João Vianey – Essa parte dos projetos cabe ao planejamento. A gente executa o que está licitado. Não temos conhecimento ainda, mas posso fazer a consulta. Porém pelo nível de desenvolvimento daquela região, acredito que é uma questão de tempo, se é que já não está dentro do planejamento isso.

Acorda Cidade – O que tem sido feito na estrada que liga a Pedra Ferrada a Pé de Serra?

João Vianey – Começamos a fazer um serviço lá há duas ou três semanas, mas tivemos que focar no serviço, que vai ter um evento de voo livre no morro de São José. A gente, a pedido da Secretaria de Cultura, reverteu as equipes para fazer essa atividade dando a mobilidade para esse evento que vai ocorrer. Mas na próxima semana vamos voltar a atuar nesse trecho, que está com o segmento bem comprometido. A gente faz o patrolamento e o cascalhamento nos pontos mais críticos, mas a frequência de chuva é crítica pra gente. E a gente precisa focar nos locais onde há um fluxo maior de ônibus, onde há um risco de atolamento para o transporte público, para as ambulâncias. Temos técnicos na zona rural, acompanhando, avaliando, fazendo o planejamento dentro do nosso orçamento.

Acorda Cidade – Por que a obra da estrada São José – Pé de Serra, que está sendo feita de paralelepípedo está tão atrasada?

João Vianey – Essa obra tem uma situação complicada, porque ela é bem extensa, é um rota que liga várias comunidades à sede do distrito. E ali tivemos dois problemas graves, que foi a questão da chuva, que comprometeu e tinha alguns seguimentos mais críticos, mas também a gente teve uma resistência muito grande das comunidades em aceitar fazer os desvios. A gente passou muito tempo com a população tirando as barreiras para cura do pavimento, a empresa foi obrigada a refazer várias vezes o pavimento, porque o rejuntamento precisa de 15 dias de cura, e a população no dia seguinte tirava e passava com caminhões, vans, ônibus, então realmente foi uma obra complicada, mas já está na fase final.

Acorda Cidade – A Rua Aratuba, no bairro Papagaio, está toda alagada e os moradores alegam que estão abandonados, procede?

João Vianey – A região do Papagaio tem essa intervenção da Rubens Francisco, da drenagem, que já está bem avançada e só estão faltando alguns detalhes. E têm alguns segmentos de fato que a topografia atrapalha muito. A gente conseguiu resolver, mas a gente já está fazendo as avaliações e o mapeamento, para nessas intervenções da drenagem, que inclusive teremos o reforço a partir de janeiro, do novo contrato de intervenção, que veio com uma capacidade maior de intervenção seja na manutenção da drenagem, seja na execução de alguns seguimentos mais críticos.

Acorda Cidade – Já foi concluída a obra da estrada do Papagaio?

João Vianey – Não, ela não foi concluída. Tem a execução de um trecho, e a chuva criou um alagamento ali já próximo à Rua Fagundes Filho, no Parque Linear. Houve o assoreamento de uma rede e houve um reforço dessa rede. Mas só precisamos dessa estabilização do tempo e a questão de material e tubo específico que faltava, mas já será retomada nos próximos dias. A gente fez um dimensionamento criando bocas de lobo intermediárias, mas pela declividade e a velocidade de água, terminou se concentrando muito naquele ponto. E devido ao assoreamento também.


Acorda Cidade – A Avenida Tupinambá está cheia de problemas, e no início quando você cruza a BR já para entrar na Mangabeira, para a Avenida Iguatemi, tem um problema crônico. Essa rua já não merecia receber um trabalho definitivo?

João Vianey – Nós tivemos uma visita lá há cerca de 60 dias com a Vigilância Sanitária. Ali nós temos um lençol freático elevado, e um lançamento diário significativo em vários seguimentos de água e esgoto. O pavimento tem um nível de degradação, a gente já fez algumas intervenções. Estamos fazendo esse trabalho conjunto com a Vigilância Sanitária para conscientizar as pessoas e tentar fazer o trabalho. Mas efetivamente vamos ter que buscar uma forma de impedimento e obstrução disso. A gente faz a intervenção no asfalto, mas com a presença de água já na execução, é um serviço infrutífero, não vai ter durabilidade. A gente precisa da compreensão das pessoas, para que não façam lançamento em via pública.

Acorda Cidade – E com relação às estradas da Tapera e Mantiba?

João Vianey – Já estamos com a programação de fazer. A questão é o cascalho. A gente tem uma dificuldade, às vezes, de material em determinadas regiões, e o patrolamento com essa frequência de chuva tem uma vida útil menor.

Acorda Cidade – O acesso à Matinha, pelo bairro Papagaio, também precisa ser recuperado, mesmo porque lá já se tornou uma via de escoamento de tráfego para as pessoas que moram na região da Matinha.

João Vianey – Lá hoje tem um fluxo significativo de transporte, é uma região que está tendo um desenvolvimento grande, tem nossa atenção e está na programação. 

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