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A pastora Mery Sônia de Oliveira denunciou ter sofrido um golpe através de um aplicativo de mensagens. A mulher, que mora em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, transferiu R$ 6,2 mil para os criminosos após eles se passar por um dos filhos dela.
“Minha cabeça estava a mil, organizando uma viagem a trabalho e quando chegou aquele pedido como se fosse do meu filho, com print da conta do banco mostrando que o sistema estava fora do ar, exatamente do banco que ele tem conta, eu não pensei. Aquela coisa de família que às vezes acontece de um precisar do outro", comentou.
A pastora fez três transferências bancárias e só descobriu que tinha caído no golpe quando ligou para o filho, no dia seguinte. “Ele pediu outro valor, já no dia seguinte, me desejando bom dia e perguntando como eu estava, do mesmo jeito que meu filho fazia. Estranhei e resolvi ligar, porque o valor estava alto”, afirmou.
“Liguei para perguntar se ele tinha feito boas vendas e aí foi que ele me deu a notícia de que não tinha me pedido valor algum".
Mery Sônia de Oliveira diz que se sentiu impotente, pois mesmo sabendo dessas ações criminosas constantes, foi enganada. "O chão se abriu debaixo de meus pés e fica aquele sentimento de impotência, de humilhação, se você ser invadido na sua privacidade".
"Eu disse para a pessoa que fez isso que lamento pela mãe dele, porque uma mãe não gera um filho imaginando que ele vai se tornar um homem que vai viver de lesar as pessoas".
Outro caso
A tesoureira Celina Flores, também de Vitória da Conquista, foi outro alvo de criminosos, mas conseguiu evitar o pior. O criminoso usou uma foto dela em um aplicativo de conversa e pediu dinheiro para contatos dela.
"Pegaram minha foto, botaram em um número novo e enviaram para minha sobrinha. Ela achou estranho e mandou no grupo da família. Logo eu peguei e distribui nos meus contatos para bloquear", relatou.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), durante a pandemia houve aumento de 70% em golpes virtuais. Segundo Delegacia de Furtos e Roubos de Vitória da Conquista, esse tipo de crime representa metade dos estelionatos.
“A gente sempre orienta: não faça transferências de valores por solicitação de WhastApp, principalmente se for por chamada de texto, mas infelizmente as vítimas acabam ludibriadas pela conversa dos golpistas e acabam fazendo a transferência”, explicou o delegado Ney Brito.
Fonte: g1 Bahia