Gabriel Gonçalves
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (6), a Bahia registrou mais 249 casos positivos de Covid-19, totalizando em 2.893 casos ativos, enquanto que no domingo (5), esse número era de 2.962.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a secretária estadual de Saúde, Tereza Paim, destacou que estes dados estão oscilando com bastante frequência e frisou, que o estado da Bahia ainda vive uma situação de alerta.
"A covid ainda é um estado de alerta, porque estamos em uma pandemia, o planeta inteiro está afetado, e nós temos um comitê de operação e emergência de saúde, onde em uma certa situação, devemos fazer a vigilância 24h, e as taxas tanto de ocupação, quanto o número de casos ativos, não têm mudado muito. Temos uma curva que tem leve subida, porque chegamos a ultrapassar os três mil casos ativos, mas hoje estamos na casa de 2.900, mas ela não desce, enquanto as pessoas estiverem sem ser vacinadas", afirmou.
Como forma de manter os cuidados em todo o estado da Bahia, a secretária destacou que planejamentos e ações, estão sendo desenvolvidas no sentido de coibir o avanço da proliferação do vírus.
"Estamos realizando planejamentos, vigiando essa taxa de ocupação dos hospitais, a redução do número de leitos, porque chegamos a ter 1.600 e hoje reduzimos para cerca de 500, outros leitos foram convertidos para não Covid-19, e além disso, a nossa Superintendência de Vigilância em Saúde, também faz o que chamamos de blitz em festas, encontros, onde há aglomerações, para cobrar os certificados da vacinação", explicou.
Sobre a realização do Carnaval, a secretária salientou que é necessário obter bons números, seja nos leitos de hospitais, seja no número de pessoas vacinadas. Enquanto isso não ocorrer, não há como definir a realização da festa.
"A gente precisa ter taxas boas, números bons de vacinação, uma vacinação avançada, ter pelo menos 80% da população já imunizada, mas ainda estamos aquém. Tudo isso são estratégias que poderiam favorecer o Carnaval, mas não podemos dar a certeza enquanto a população não buscar o posto de vacina e tomar o imunizante. Não conseguimos dar datas de planejamento a curto prazo e a mesma coisa aconteceu com o Réveillon, muitas cidades planejaram, mas perceberam que não estava na época e recuaram. Quem responde por isso, é a população, temos a vacina, temos vacinadores, as pessoas só precisam comparecer para se vacinar, temos quase três milhões de pessoas sem tomar a segunda dose, nem dose de reforço", concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade