Feira de Santana

Prefeito diz que falta de recursos atrasou obras do Projeto Novo Centro em Feira de Santana

Durante a entrevista, o prefeito também comentou sobre novos projetos para o Aeroporto de Feira e o controle da pandemia no município.

Laiane Cruz

Devido à falta de recursos, as obras do Projeto Novo Centro, em Feira de Santana, estão atrasadas. Em entrevista ao vivo no programa Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins disse que precisará buscar mais recursos para completar os serviços de drenagem na cidade, que foi fortemente afetada pelas chuvas dos últimos dias.

Durante a entrevista, o prefeito também comentou sobre novos projetos para o Aeroporto de Feira e o controle da pandemia no município, uma vez que o número de casos aumentou em cerca de 10% nos últimos dias. Confira na íntegra:

Acorda Cidade – Com essas chuvas em Feira de Santana, alguns locais se tornaram de difícil trafegabilidade, a exemplo do bairro Kalilândia e a Maria Quitéria. O Túnel Liner não vai captar essas águas próximo dessas localidades?

Colbert Martins – Toda a etapa da João Durval foi atingida pelos chamados Túnel Liner. O que nós temos que ampliar é nossa capacidade de drenagem, e por isso estamos com um projeto já feito e vamos ter que buscar recursos para fazer a drenagem do restante da cidade. As áreas da Kalilândia e Maria Quitéria não têm uma grande captação pelo Túnel Liner.

Acorda Cidade – Prefeito, por que a Rua Recife precisou passar por obras novamente?

Colbert Martins – Porque houve problemas nas terminações do Túnel Liner. Não foi bem resolvido, e a determinação é que fosse refeito.

Acorda Cidade – Qual a previsão de conclusão das obras do Projeto Novo Centro?

Colbert Martins – Eu estive em Brasília e liberamos o recurso da Caixa Econômica. Estive novamente com o presidente da Câmara em Aracaju, porque faltava a assinatura do Ministro Tarcísio Freitas, que foi dada na segunda-feira. Já está liberado, mas a Caixa precisou fazer uns ajustes, pra que eu possa pagar nossos débitos. Há um atraso de pagamento, e eu espero que terminando o pagamento, se conclua.

Acorda Cidade – O atraso na obra da Estrada do Papagaio também ocorre por falta de recurso?

Colbert Martins – Falta de pagamento para conclusão. Estávamos fazendo liberações de R$ 100 a 200 mil para não parar, mas chegou a um ponto que essas obras todas que são financiadas com recursos federais dependem, inclusive agora, temos o pagamento do 13º salário até o dia 20, e eu estou correndo para que as empresas possam saldar seus compromissos.

Acorda Cidade – As obras da Rua Marechal Deodoro estão afundando. As pessoas acreditam que quando concluir um lado o outro está ruim. Essas obras são acompanhadas pela prefeitura?

Colbert Martins – Permanentemente. A empresa não concluiu, porque os feirantes impedem que ela trabalhe.

Aeroporto de Feira

Acorda Cidade – O senhor acompanhou a reunião em relação à revitalização do aeroporto de Feira de Santana?

Colbert Martins – Tenho conhecimento, e o vice-prefeito Fernando de Fabinho mostrou as informações que nós temos, de quão adiantado está o projeto. Tem projeto do governo do estado, do governo federal, agora falta vontade política, e eu acho que está na hora da gente se juntar, porque o aeroporto é viável. Tem projetos prontos, que precisam ser executados.

Acorda Cidade – Quando a picuinha política for escanteada, todos poderão se sentar à mesa.

Colbert Martins – Eu vou discordar, porque não há uma influência política nessa decisão. Para fazer o projeto, houve uma decisão de política de ser feita pelo governo do estado, pelo ex-governador Jaques Wagner. Lá em Brasília, o projeto foi feito. Não teve interferência política, o que falta é vontade política. O governo do estado está liberando recursos para desapropriação e recuperação de aeroportos em vários municípios da Bahia. Dinheiro tem, é preciso ter vontade política. Contamos com todos, acima de qualquer condição política para que o aeroporto seja viável. Por que do ponto de vista logístico é impressionante a necessidade que Feira de Santana tem, principalmente com o comércio digital.

Saúde

Acorda Cidade – Na área da saúde, alguns postos não tem fita para medição da diabetes e insulina. O que está acontecendo com essa licitação da prefeitura?

Colbert Martins – Nós estamos comprando insulina com dificuldade de chegar até nós, pela procura e a baixa produção. Precisamos comprar seringas para aplicação de vacinas, inclusive. Mas não posso comprar a qualquer preço. Preciso fazer a licitação e ampliar. Em relação à internet dos postos, a responsabilidade agora é das empresas terceirizadas, que já devia ter feito, porque a internet era nossa até agora. Estão trocando por outra, mas não podiam ter interrompido. Se são privados, têm que ter a capacidade de fazer esse tipo de ação rápida, portanto serão multados.

Acorda Cidade – A Covid em Feira de Santana está sob controle?

Colbert Martins – Está sob controle, mas está subindo. Tivemos quase 10% de aumento, inclusive número de mortes acumuladas. Precisamos avançar na vacinação. Já temos quase 94,8% de pessoas vacinadas do público-alvo em Feira de Santana. É um número bom, mas precisamos chegar a 100%, e nós temos em torno de 63% de pessoas com a segunda dose. Precisamos avançar para os 100%, porque é a única forma que temos de nos proteger contra casos graves. A vacina não é para evitar a doença totalmente, é para proteger contra casos graves. Por isso precisamos ampliar e conclamar as pessoas a completarem a vacinação.

Acorda Cidade – O senhor é da área de saúde. O que se sabe sobre essa variante Ômicron?

Colbert Martins – Teve uma mutação rápida e não é de conhecimento até agora que seja muito letal, mas de grande poder de infecção. Ela se espalha rápido, e quem tiver doenças subjacentes, como hipertensão, diabetes descontrolada, câncer, podem ser atingidas por consequência da piora da doença base. Essa variante se espalhou rápido, e o que nós temos que fazer é avançar com a vacinação.

Acorda Cidade – Em relação aos professores, essa questão dos precatórios ainda está sob judice?

Colbert Martins – Estamos fazendo as aplicações e os investimentos. Esses computadores que estamos comprando para as escolas é exatamente com esses recursos. Quanto ao pagamento de pessoal, isso já está sancionado, não tem motivo nenhum para cobrança.

Acorda Cidade – Em relação aos secretários e a estrutura, quais os planos do senhor para o ano que vem?

Colbert Martins – A estrutura será mantida, faremos adequações se forem necessárias. Mas não tenho nenhuma pretensão de mudar secretários ou fazer grandes alterações.
 

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