Política

Mães de crianças com microcefalia buscam ajuda na Câmara Municipal

Para a dona de casa Eva Souza, mãe de uma criança com microcefalia, a falta do acompanhamento ainda no início pode acarretar sérios problemas no futuro.

Um grupo de mães de crianças portadoras da microcefalia, esteve na manhã desta quinta-feira (2) na Câmara Municipal de Feira de Santana com o objetivo de buscar apoio dos vereadores.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o vereador Emerson Minho (DC) que é presidente da Comissão de Saúde da Casa da Cidadania, informou que todas as mães estão enfrentando uma série de dificuldades, principalmente com relação ao tratamento que não está sendo disponibilizado pelo município.

"O objetivo hoje aqui é trazer os problemas que essas mães estão enfrentando na cidade de Feira de Santana e sensibilizar os políticos da nossa cidade para esta situação. Isso é um caso de humanidade, independente do lado, do partido que cada um esteja. As mães estão sofrendo muito, e eu como presidente da Comissão de Saúde, tenho o dever de intervir nos meios políticos para tentar ajudar essas mães. Ouvimos aqui vários relatos delas, como falta de transporte, falta de alimentação, psicólogo principalmente para elas, porque eu imagino que realmente a vida delas mudam após o nascimento do filho com microcefalia. Infelizmente ainda falta um programa de microcefalia aqui no município, é triste essa realidade", destacou.

De acordo com Wiliane Oliveira, que é mãe de uma criança com microcefalia, a assistência que é dada pelo município está precária.

"Nós buscamos atendimento no Centro de Saúde Especializado que fica ali próximo ao Tênis, somos atendidos pela médica Normeide, ela que é infectologista e cuida das nossas crianças, mas infelizmente, o espaço é um descaso para atender nossos filhos. Falta estrutura, sendo que lá no local também existe o atendimento para outras doenças e por esses motivos, muitas crianças não estão mais tendo o acompanhamento necessário", alegou.

Para a dona de casa Eva Souza, mãe de uma criança com microcefalia, a falta do acompanhamento ainda no início pode acarretar sérios problemas no futuro.

"Eu tenho uma criança de cinco anos de idade e a gente busca esse atendimento agora, porque é crucial nessa idade. Quanto mais cedo eles forem atendidos, terem a estimulação, eles terão um melhor desenvolvimento. A Terapia Ocupacional por exemplo que é de extrema importância, a gente nunca teve. É difícil, conviver dessa forma, mas é recompensador ver cada sorriso no rosto deles, e nestes casos, mesmo enfrentando todas as dificuldades, só o amor prevalece", concluiu. (Por Gabriel Gonçalves, com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade)

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