Feira de Santana

Acusado de homicídio é condenado a mais de 19 anos de prisão

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Jailson de Jesus reconheceu a namorada na companhia de Flávio de Jesus e ao se aproximar dos dois, desferiu os golpes de faca contra a vítima.

Gabriel Gonçalves

Foi julgado no Fórum Desembargador Filinto Bastos nesta quinta-feira (18), Jailson de Jesus Santana. Ele é acusado de ter matado com mais de 15 facadas no dia 7 de setembro de 2019, Flávio de Jesus Mota, 44 anos, na Rua Intendente Rui, Centro de Feira de Santana.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Jailson de Jesus reconheceu a namorada na companhia de Flávio de Jesus e ao se aproximar dos dois, desferiu os golpes de faca contra a vítima.

Ainda segundo o Ministério Público, após o crime, Jailson junto com a companheira fugiram do local, indo até a Praça de Alimentação, na Avenida Getúlio Vargas, onde foi preso por policiais militares, ainda com a arma do crime.

Ao Acorda Cidade, o promotor de Justiça, Fernando Gaburri, explicou que no momento do crime praticado contra Flávio, não foi dada nenhuma oportunidade para defesa, sendo assim, o Conselho de Sentença, acatou a tese do Ministério Público.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

"O Ministério Público sustentou desde o início a tese de que se tratava de um homicídio qualificado porque foi um fato cometido de uma maneira que dificultou, e impossibilitou a defesa da vítima. O Conselho de Sentença acatou na íntegra a tese que foi proposta pelo Ministério Público. A tese da crueldade não foi sustentada pelo MP, apenas a tese em que a vítima teria sido surpreendida pelo acusado que não teve como escapar daquela situação, nem empreender fuga", declarou.

O promotor Fernando Gaburri, que é deficiente visual, destacou que a falta da visão, nunca foi nenhuma barreira para almejar o que sempre sonhou.

"Eu posso dizer que sempre almejei a carreira jurídica desde os meus 11, 12 anos de idade. Não sei explicar o porquê, mas a primeira oportunidade que tive para fazer o vestibular, não tive dúvidas que faria para Direito. Depois que conclui a universidade, ainda cursei o mestrado, doutorado, fui procurador do município de Natal no Rio Grande do Norte, mas o sonho de integrar o Ministério Público me acompanhava. Depois de 11 anos no cargo de procurador, voltei a estudar e tive o privilégio de estar aqui no estado da Bahia. Atualmente eu sou titular da Comarca de Coração de Maria e hoje tive essa possibilidade de dividir o plenário com a colega Semiana Cardoso", declarou.

De acordo com a Defensora Pública, Renata de Oliveira Santos, a defesa do réu apresentará recursos para que o tempo da pena seja reduzido.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

"A Defensoria Pública não pediu a absolvição, nossa tese de defesa foi unicamente com relação a qualificadora e defendeu sim que houve um homicídio, mas que não teria sido qualificado. Já interpus o recurso durante o plenário, e agora o processo vem para a gente apresentar as razões, mas a gente vai recorrer especificamente com relação a dosimetria da pena, pleiteando que a pena no final das contas, que este cálculo seja refeito, reanalisado", concluiu.

Jailson de Jesus Santana foi condenado pelo conselho de sentença e a juíza Márcia Simões Costa, titular da Vara do Júri, aplicou pena de 19 anos e 6 meses de prisão no Conjunto Penal de Feira de Santana.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade | Juíza Márcia Simões Costa

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade | Promotora de Justiça Semiana Cardoso

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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