Gabriel Gonçalves
Chegar em casa depois um longo expediente de trabalho e descansar não está sendo mais um direito para muitos moradores da Rua Tijuca, no Conjunto João Paulo II, em Feira de Santana.
A causa é a grande poluição sonora gerada por um estabelecimento comercial, que possui apresentações de shows ao vivo e que, segundo os moradores, tem início às quintas-feiras e seguem até os domingos.
Sem desejarem se identificar, um grupo de moradores informou à reportagem do Acorda Cidade que, após a inauguração do estabelecimento, o sossego na rua terminou. Mesmo com fiscalizações da prefeitura e da Polícia Militar, o som alto continua.
Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade
"Depois que teve a inauguração desse espaço, nós não temos mais o nosso devido sossego. O som já começa na quinta-feira e vai na sexta, sábado e até mesmo no domingo. Antes, o show era feito na área interna do espaço, mas agora trouxeram para a parte do estacionamento, então tem hora para iniciar o show, isso quando tem, e não tem horário para encerrar. Tem dia que ficam aí até 3h, 4h da manhã com o som alto, algazarra, a Polícia Militar vem até o espaço, o proprietário conversa, e depois volta tudo novamente. Sábado passado mesmo, eu perdi o horário de ir trabalhar, porque eu só consegui pegar no sono depois das 4h, quando encerrou a festa", informou um dos moradores.
Outro morador explicou que a sugestão dada foi acionar o Ministério Público, já que ao entrar em contato com o 156 e Polícia Militar, nada foi resolvido.
"Todo mundo aqui da rua fica incomodado com esta situação. A gente liga para o 156, para o 190, mas nada é feito, inclusive guardamos todos os números de protocolos para ver se a gente consegue resolver alguma coisa. Informaram que deveríamos acionar o Ministério Público, já que a Secretaria de Meio Ambiente não está se responsabilizando para resolver esse problema. Infelizmente, isso já tem mais ou menos um mês de inaugurado e até os clientes que estão nesse bar querem colocar os veículos nas portas das residências, impedindo que a gente possa sair de casa", disse.
Um dos moradores,informou que o diálogo já foi feito diretamente com o proprietário do estabelecimento comercial, mas nada foi resolvido.
"Teve um vizinho aqui que conversou com ele, explicou da situação da mãe que é idosa, mas o dono nem deu importância. Ele não tem respeito por ninguém aqui, não respeita o direito do próximo, mas queremos aqui deixar bem claro que não queremos impedir que ele venda o produto dele, nós estamos reclamando do incômodo que está causando com o som alto, porque infelizmente, chegamos em casa cansados e não podemos descansar", concluiu.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou que o estabelecimento já foi notificado através de denúncias.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade