Gabriel Gonçalves
Comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras em Feira de Santana, foram surpreendidos na manhã desta sexta-feira (12), com o fornecimento de energia suspenso no local.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a comerciante Maria Eunice de Jesus Brito, explicou que os permissionários não estão tendo condições de pagar as taxas cobradas pela concessionária. Por conta disso, alguns boxes estão tendo a energia suspensa.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"Eu estou aqui sem energia no meu boxe, assim como a maioria das pessoas. Nós não temos como pagar estes boletos, somos trabalhadores. Hoje cheguei cedo aqui e minha amiga estava sem energia no boxe dela também, a geladeira desligada, prejudicando para guardar os bolos, que ela passou a noite inteira produzindo. Nós não estamos em um presídio, a gente sabe que não pode ficar aqui de graça, mas também, não tem condições de pagar estes valores exorbitantes", afirmou.
Revoltada com a situação, Hildete Pereira da Silva, destacou que a gestão do Shopping Popular quer banir toda a categoria de ambulantes.
"Eu baixei as portas do meu boxe, porque tudo isso aqui é uma loucura, querem banir os camelôs da cidade, e vamos ter que entregar nossos boxes, não temos o valor para pagar. Eu sou camelô há 30 anos, vim da Sales Barbosa, vendo confecções e não consigo arrecadar todo este dinheiro. Quando era apenas o condomínio dava até para pagar, mas agora com o aluguel, não tem condições e o prefeito precisa conversar com Elias Tergilene", informou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
De acordo com Dilsmara da Silva Santana, também permissionária do Shopping Popular, o prefeito não quer ouvir a categoria.
"O prefeito não quer nos ajudar, o prefeito não quer nos ouvir, e não tem condições de pagar este valor de quase R$ 600. Elias já está cortando a energia e está ameaçando a retirar nossas mercadorias", concluiu.
Notícias Relacionadas
Feira de Santana
Igreja promove palestra sobre Programa de recuperação de dependências neste domingo (24)
Neste domingo haverá uma palestra explicando como as pessoas podem participar desse programa, que é realizado de forma online em Feira de Santana.
Política
Fernando de Fabinho deixa coordenação de transição de governo em Feira de Santana
Em conversa com a produção do Acorda Cidade, o atual prefeito, Colbert Martins, infomrmou que Fernando continua na equipe, porém não vai mais coordenar.
Alerta!
Defesa Civil alerta para tempestades nos próximos dias em Feira de Santana
De acordo com a coordenadora do órgão, existe a possibilidade de ter raios e trovoadas.
Feira de Santana
Beneficiários do Bolsa Família têm até dezembro para realizar acompanhamento obrigatório
Cerca de 51% dos beneficiários não cumpriram com o acompanhamento obrigatório de saúde na segunda vigência de 2024.
Fotos: Paulo José/Acorda Cidade
O Consórcio Feira Popular que administra o Shopping Popular enviou a seguinte nota de esclarecimento:
Nota para Imprensa:
A Concessionária Feira Popular S/A vem, por meio de nota, elucidar informações alegadas por alguns camelôs do Shopping Popular Cidade das Compras ao Acorda Cidade.
Como já informado por reiteradas vezes em demais notas, os camelôs, previamente a assinatura do contrato, tiveram ciência das regras ali expressamente previstas, conforme cláusulas 8 e 9 do mesmo, dentre as quais a previsão de corte de energia daqueles inadimplentes.
Vale ressaltar que o corte de luz se dá pelo fato de que, a energia é comum a todo empreendimento, e que a ausência de pagamento por parte de alguns camelôs, importa em prejuízo aos demais, inclusive o risco de suspensão de energia pela Coelba de todo empreendimento.
Importante reforçar ainda, a ata reunião realizada 04/04/2019, em que o Ministério Público (MP) da Bahia confirma a legalidade e lisura das cláusulas contratuais previstas, além de terem sido objeto de reuniões e validação por associações dos próprios camelôs.
Vale ressaltar que, na reunião realizada no dia 29 de outubro de 2021, uma comissão de camelôs afirmou que iria enviar uma lista de camelôs, para ser apreciada pela prefeitura e a concessionária, de pessoas que não possuam condições de pagar o aluguel do empreendimento, para posteriormente a prefeitura estudar alguma forma de auxílio a esses camelôs, entretanto até o momento essa lista não foi entregue pelos camelôs da comissão presentes na reunião.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
