Gabriel Gonçalves
No último dia 29 de outubro, a prefeitura de Feira de Santana, anunciou que será realizada uma auditoria sobre a situação econômica do Shopping Popular Cidade das Compras e um levantamento de todos os boxes que estão em funcionamento no local.
Quase 15 dias após o anúncio dessa informação, os comerciantes do Shopping Popular se reuniram na Câmara Municipal de Feira de Santana na manhã desta quarta-feira (10).
Em entrevista ao Acorda Cidade, um dos permissionários Rogério Pereira, explicou que a categoria busca uma audiência na Casa da Cidadania o quanto antes, pois a pressão continua para que os mesmos, possam pagar as taxas.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"Estamos buscando aqui na Câmara de Vereadores juntamente com a categoria, para que a gente possa ter uma resposta, porque o local para onde fomos relocados, disseram que lá seria o espaço do camelô, mas isso não é uma realidade que está acontecendo. Estamos sendo pressionados cada vez mais. No final do mês, não estamos tendo o dinheiro necessário para pagar os valores que são cobrados e até agora o poder público não se pronunciou", disse.
De acordo com Rogério, a prefeitura ficou de emitir um ofício autorizando o desmembramento das taxas a serem pagas, mas até o momento, isso não foi feito.
"Ficou acordado que a concessionária iria receber um ofício da prefeitura, onde estaria autorizando o desmembramento do aluguel, para que a gente pudesse pagar apenas o condomínio, mas até o momento, a prefeitura se coloca em off e a concessionária continua nos cobrando, colocando pressão para que a gente efetue o pagamento", afirmou.
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Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Uma das permissionárias, Soane Cerqueira Lopes que utilizou a tribuna livre da Câmara Municipal, informou à reportagem do Acorda Cidade que ainda não está vendo na prática, a auditoria ser realizada no Shopping Popular.
"Mais uma vez estamos aqui e todo mundo já sabe do que se trata. Aquele galpão não tem um valor justo para que todos consigam pagar. Dizem que essa auditoria vai até o dia 30, mas na prática isso não está acontecendo, dizem até que já começou, mas a grande maioria não participou desse processo. Então viemos aqui pedir o apoio aos vereadores, que eles tenham a sensibilidade e que nos ajude neste processo, para que a gente consiga agilizar a situação, porque não podemos mais esperar", lamentou.
De acordo com Soane Cerqueira, dois boletos já estão vencidos e já está para chegar o terceiro. Segundo ela, não se sabe o que pode acontecer nos próximos dias, como por exemplo, perder a utilização do boxe.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"Já estamos com dois boletos do aluguel que já chegaram, e não sabemos o que eles irão fazer, se realmente é o que está no contrato de bloquear, tirar a mercadoria e lacrar o local, a gente fica sem saber. Até o momento, não teve nenhum documento oficial da prefeitura e as taxas são altíssimas no valor de quase R$ 600. Porque é em média R$ 580, porém se atrasar, já entra o juros de mais de R$28, então estamos aqui para solicitar que pelo menos, estas cobranças sejam suspensas, tenham uma atitude de resolver esta situação, que eles possam assumir os camelôs, acredito que a prefeitura vai lucrar muito mais desta forma", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade