Laiane Cruz
Moradora da Rua Lagoa Vermelha, no bairro Conceição, Ana Célia dos Santos, de 61 anos, tem enfrentado dificuldades para se locomover dentro de casa, devido às águas provenientes da Lagoa Ninho das Cobras escoarem para dentro do seu imóvel e de mais duas casas vizinhas, desde que o local foi aterrado.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
De acordo com a moradora, em entrevista ao Acorda Cidade, após o aterramento da lagoa, ela dorme e acorda com água dentro de casa, o que fez com ela perdesse móveis e eletrodomésticos, dificultando também a sua situação financeira.
“A minha situação aqui é que depois que aterrou a lagoa não tive mais paz. É água direto, durmo e acordo dentro da água. Tenho artrose, dói a perna toda, e sempre a água está entrando e invadindo aqui. Vendo doces, salgadinhos, pipocas e a água destruiu geladeira. A lagoa foi aterrada já tem um ano e a água retorna e invade a casa. A rua fica cheia de água e invade também duas casas ao lado”, informou.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Ana Célia dos Santos contou que, além de ter perdido a geladeira, perdeu também um tanquinho, um rack, e a cama. Ela relatou ainda que recentemente por conta da água no piso, escorregou, bateu na quina de uma mesa e feriu o olho esquerdo.
“Estou com um ferimento no olho esquerdo, por conta de uma queda que sofri dentro de casa, escorreguei e bati na quina da mesa. Quase furava meu olho, pois eu não tenho firmeza na perna.”
A idosa pede que a comunidade se sensibilize doando mercadorias pra que ela possa continuar garantindo o seu sustento, já que parte dos materiais ficou destruído com as águas.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Eu sobrevivo disso, porque eu não consigo emprego por conta da saúde e a minha idade, principalmente depois da pandemia. Aqui vende bastante, a meninada toda compra. Eu vendia também guaraná, cerveja, mas perdi minha geladeira.”
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Quem tiver interesse em colaborar com Ana Célia, doando doces, salgadinhos, pipocas e outros materiais, pode entrar em contato com o número de telefone dela através do 75 98348-7410.
A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência de Obras e Manutenção (Soma) para saber sobre a situação do escoamento das águas da lagoa e aguarda retorno.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.