Gabriel Gonçalves
O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), promoveu na manhã deste domingo (7) uma caminhada na Avenida Nóide Cerqueira em Feira de Santana, para chamar a atenção da população sobre os riscos e as formas de prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
No último dia 29 de outubro, foi celebrado o Dia Mundial de combate ao AVC.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a médica neurologista Renata Nunes, que atua no HGCA, explicou que o objetivo da caminhada, foi estimular a prática da atividade física, além de mobilizar toda a sociedade acerca da importância de melhorar a assistência aos pacientes que já tiveram o AVC.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Queremos aqui chamar a atenção para a necessidade das práticas de atividade física, o quanto isso é importante na prevenção das doenças cardiovasculares e principalmente na questão do AVC que tanto preocupa as pessoas. No dia 29 de outubro, foi o Dia Mundial do AVC e tivemos uma semana de prevenção à doença, uma semana que a gente dedica a falar mais sobre o AVC para evitar que ele aconteça. Falamos sobre a doença, mas também o tratamento e a reabilitação desses pacientes que são acometidos, porque ter um AVC, não é o fim, existe a reabilitação para que a rotina possa ser restabelecida", destacou.
Além da falta da prática de atividades físicas, outros fatores podem levar ao AVC, segundo a neurologista.
"A falta dessa prática de atividade física pode ser um fator de risco, mas outras condições se agravam também, como pressão alta, diabetes, colesterol alto, são outros fatores que necessitam de um cuidado especial. Hoje nós temos aqui, pacientes que já tiveram AVC, passaram pelo processo de reabilitação e estão participando desta corrida", afirmou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Para a médica neurologista Renata Nunes, é necessário que cada vez mais, as pessoas possam prevenir a doença.
"O Clériston Andrade resolveu mobilizar a comunidade feirense com este evento, porque falamos muito do tratamento, das doenças, mas é importante que a gente também possa falar sobre a prevenção, como forma de evitar o AVC. Nós, da equipe médica não queremos encontrar os pacientes em um quadro como este, queremos encontrar assim, em um momento feliz, de descontração e principalmente, realizando a prática esportiva. Hoje temos aqui cerca de 170 participantes, precisamos limitar a quantidade das pessoas por conta ainda do momento de pandemia, estamos com uma série de recomendações, mas a nossa proposta é esta, e que a cada ano, mais pessoas possam estar participando desta corrida, que tem como objetivo prevenir o risco do AVC", disse.
Professor de karatê e repentista, João Crispim Ramos, 70 anos, precisou ficar internado por 10 dias, após um AVC. Ainda com algumas sequelas da doença, o professor não mediu esforços para participar do evento.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Eu tive AVC a cerca de um mês, precisei ficar internado por 10 dias, ainda tenho algumas sequelas, como o braço que ainda não tenho a mobilidade correta e a fala que ainda sinto pesada. Eu digo que esse evento aqui é muito importante, principalmente para elevar a autoestima de muita gente que passou por um momento crítico na vida e agora está aqui, não tenho dúvidas que é o melhor a se fazer, praticando uma boa atividade", avaliou.
Ao Acorda Cidade, o professor João Crispim explicou que tudo aconteceu de forma rápida após alguns incômodos, mas agora segue o processo de reabilitação, fazendo sessões de fisioterapia.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade