Covid-19

'Acho que estamos no final, mas ainda não podemos relaxar', diz secretário Marcelo Brito sobre flexibilização no uso de máscaras

Em alguns municípios da Bahia e do Brasil, a flexibilização do uso de máscaras já é permitida, sendo obrigatório o seu uso apenas em ambientes fechados, como bares, restaurantes e escolas.

Laiane Cruz

Basta sair às ruas de Feira de Santana, sobretudo o centro da cidade, para perceber pessoas sem máscaras ou utilizando o equipamento de proteção de forma incorreta, como abaixo do nariz, sob o queixo e até mesmo nas mãos. O item, no entanto, continua sendo obrigatório conforme os decretos municipais, como forma de conter a propagação do coronavírus.

Em alguns municípios da Bahia e do Brasil, a flexibilização do uso de máscaras já é permitida, sendo obrigatório o seu uso apenas em ambientes fechados, como bares, restaurantes e escolas.

Em Feira de Santana, a flexibilização das máscaras em ambientes abertos ainda não deve ser adotada. A informação é do secretário de saúde do município, Marcelo Brito. Segundo ele, apesar dos números estarem positivos, ainda é cedo para relaxar as medidas de proteção contra a covid-19.

“Eu acho que a gente pode começar a estudar uma liberação possivelmente no final do ano e início de 2022. Não estou dizendo que estará liberado em 2022, temos que aprofundar o estudo e como os números terão sequência. E se os números se mantiverem positivos, como nesse momento, acredito sim que podemos abrir 2022 sem a utilização de máscara”, afirmou o secretário.

Para Marcelo Brito, a liberação do uso de máscaras em 17 municípios brasileiros é precipitada e representa risco à saúde da população.

“Acho um pouco precipitado alguns municípios tirar a máscara nesse momento, flertando com o perigo, arriscando sem necessidade. A utilização de máscara não é nenhum transtorno tão drástico que as pessoas não possam usar. Melhor arriscar positivamente, dentro da precaução, do que arriscar vidas e causar o aumento da covid. As pessoas devem evitar opiniões sem embasamento científico. A ciência não funciona na base do acredito, e sim na base da prova. E está demonstrado que a máscara tem eficácia sim, portanto, se a gente pode salvar vidas, devemos fazer isso”, alertou.

Liberação de eventos

Acerca da liberação de eventos para até mil pessoas no município, e de até 2 mil, conforme último decreto do governo do estado, o secretário Marcelo Brito destacou que as festas estão acontecendo, segundo ele, dentro do limite do decreto municipal.

“Nós temos hoje festas acontecendo dentro do limite do decreto e estamos aguardando um clareamento melhor da evolução da covid. Por um lado, nós temos números muito positivos em Feira de Santana, e posso dizer que na Bahia. Por outro lado, temos sinalização na Europa, especificamente Rússia, Inglaterra e China, onde eles apertaram o controle sobre uso de máscara e quarentena e orientando que as pessoas estocassem comida, porque na hora que apertar, as pessoas têm que se alimentar com o que têm dentro de casa. Então a gente fica sempre nessa gangorra”, avaliou.

A respeito da possibilidade de realização do Carnaval em 2022, o secretário reforçou o posicionamento do governador Rui Costa, de que é preciso aguardar a evolução da covid no estado.

“Temos um número muito positivo aqui na mão, e ao mesmo tempo uma sinalização de risco lá fora. Eu acho que a posição do governador Rui Costa é de prudência e temos que aguardar um pouco mais, se essa onde vai continuar acontecendo, se vai se espalhar ou diminuir. Os números continuam muito positivos, tivemos alguns dias sem nenhum caso, as mortes também caíram de forma drásticas, assim como os internamentos também tiveram uma redução muito importante, e portanto, temos uma boa perspectiva, sempre com a ameaça de uma eventual quarta onda na Europa. Eu acho que estamos no final, mas ainda não podemos relaxar. Dentro de mais um pouco talvez seja possível.”
 

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