Rachel Pinto
Motradores da zona rural de Feira de Santana vem enfrentando dificuldades relacionadas ao transporte público, e tem mostrado seu poder de mobilização ao reivindicar contra a retirada de quatro linhas de ônibus de algumas localidades. Nesta quarta-feira (27), eles bloquearam a saída dos ônibus na garagem da empresa Rosa e novamente esperam um retorno do poder público sobre o transporte. Para eles, o prefeito Colbert não enxerga a zona rural e nem os problemas existentes nela.
O líder comunitário Ubiratan Fonseca declarou ao Acorda Cidade que os moradores querem diálogo com o governo e uma solução documentada, registrada, para que tenham certeza que não vão ficar à mercê das empresas de ônibus. Ele relembrou o fato que aconteceu há um ano e cinco meses, quando a empresa Rosa deixou de operar as linhas e a operação passou a ser feita pela empresa São João. A empresa São João por sua vez, após esse período, resolveu encerrar as suas atividades em quatro linhas e agora os passageiros dependem exclusivamente das vans.
“As vans infelizmente não resolvem. Na linha de Candeia Grossa por exemplo, onde tinha dois ônibus e três vans, saíram os dois ônibus e só tem as três vans, mas elas não aceitam o vale eletrônico, não fazem integração ao Terminal Central e o pessoal da zona rural está pagando R$16,60 de passagem por isso e o povo continua sofrendo. O prefeito não ouve, não dialoga. Foi irônico ontem com a população quando o chefe de gabinete Fanael Ribeiro disse para uma pessoa do distrito de São José sobre a resposta do prefeito. Ele disse que quando tiver tempo, o prefeito dá a resposta. A zona rural é a última opção do governo do prefeito Colbert”, lamentou.
Questionado se o movimento contra a retirada das linhas de ônibus é um movimento político, Ubiratan declarou que a pauta é exclusivamente sobre o transporte, que políticos não são convidados a participar, mas sempre se fazem presentes a exemplo dos vereadores de oposição Silvio Dias, Jhonatas Monteiro e até o vereador Jurandy Carvalho da base aliada do governo.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.