Gabriel Gonçalves
As aulas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), estão ocorrendo atualmente, de forma remota em virtude da pandemia, mas este modelo já tem prazo de encerramento.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o reitor da Uefs, Evandro Nascimento, informou que o próximo semestre 2022.1, será de forma 100% presencial, já com data definida para retorno.
"Esse semestre que está em curso, teve início no mês de agosto e foi programado pelas normas do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da Uefs, para ser um semestre com ensino remoto emergencial, com a previsão de que algumas atividades presenciais iriam acontecer em disciplinas práticas. Nesse momento, temos 44 disciplinas divididas em 5 cursos, que realizam essas práticas, sejam no Campus Universitário ou em outras unidades Extra Campus, sobretudo nos estágios da área de saúde. Mas agora nesse momento, já tivemos a deliberação do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, que o próximo semestre 2022.1, terá início no dia 21 de fevereiro com todas as atividades presenciais", afirmou.
De acordo com o reitor na unidade, nesse momento já foi iniciada a retomada gradual dos servidores que atuam na Uefs, seguindo um plano que foi elaborado, até que se tenha 100% dos servidores trabalhando de forma presencial.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Todos os cursos irão voltar a ter suas disciplinas de forma presencial e nesse momento, já iniciamos a fase do retorno dos setores administrativos. Nós vamos ter 20% das pessoas trabalhando, seja aqui na parte da administração e também no setor de apoio acadêmico e na segunda fase, iremos elevar a participação dos trabalhadores para 40%. Em última fase, nosso plano é que possamos ter já 100% dos servidores atuando aqui de forma presencial, mas nós esperamos que a cobertura vacinal e a redução do quadro pandêmico, possa ajudar estes processos", explicou.
Para o reitor, a principal dificuldade no momento pandêmico com a mudança do modelo presencial para o remoto de ensino, foi motivada pela adaptação que precisou ser necessária, para que os estudos não fossem prejudicados.
"O ensino remoto emergencial foi instituído em razão da pandemia, uma adaptação tanto para o professor, quanto para os estudantes e que requer uma superação muito grande de várias dificuldades. A primeira delas, foi o acesso à tecnologia, mas a Universidade ofereceu auxílio para que os estudantes contratassem pacote de dados, internet ou adquirir equipamentos e os professores por sua vez, tinham a capacitação para se adaptar na questão didática, na questão pedagógica. Realmente existe uma perda da interação professor/estudante e isso traz um impacto no processo de aprendizagem", destacou.
Atualmente a Uefs, possui cerca de 7.500 estudantes matriculados em cursos de graduação e mais 1.200 em cursos de pós-graduação. Segundo o reitor Evandro Nascimento, a média de estudantes que se formaram no modelo remoto, permaneceu, comparada ao modelo presencial.
"Hoje nós temos 31 cursos de graduação e mais 18 programas de pós-graduação, mestrado e doutorado. O estudantes de graduação são cerca de 7.500 matriculados e mais 1.200 de pós-graduação. Uma coisa que é bem importante poder destacar, é que antes da pandemia, nós tínhamos uma média de 480 estudantes colando grau, se formando a cada semestre e nesses dois últimos semestres que nós tivemos colação de grau de forma remota, essa média permaneceu, inclusive no último semestre, nós tivemos cerca de 520 formandos, ou seja, foi até maior um pouco do que a média normal por semestre. Então apesar do ensino ser remoto, nós conseguimos dar vazão para que nossos estudantes se formassem", disse o reitor ao Acorda Cidade.
Sobre o restaurante universitário, conhecido como 'bandejão', o reitor informou que durante este período, o local está com as atividades suspensas e após retorno 100% das aulas presenciais, o contrato de vigência também será retomado.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade