Rachel Pinto
Os comerciantes que trabalham no Shopping Popular em Feira de Santana e protagonizaram mais uma manifestação nesta sexta-feira (22) em frente à prefeitura, disseram à reportagem do Acorda Cidade que estão decididos a voltar ao calçadão da Rua Sales Barbosa, caso não haja um diálogo com a prefeitura.
A manifestação de hoje foi suspensa a pedido do capitão da Polícia Militar, Djomar Cruz, subcomandante da 64ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), mas os comerciantes afirmam que a luta continua e que a categoria deve voltar a se manifestar na segunda-feira (25).
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Rogério Pereira, da Associação dos Comerciantes do Shopping Popular, relatou que a manifestação de hoje foi suspensa para não causar problemas ao trânsito e ao direito de ir e vir das pessoas, bem como para liberar os manifestantes para realizar suas atividades do dia a dia.
“Nossa luta é que a gente seja ouvido pelo poder público. Eu entendo que estamos fazendo um certo transtorno para a sociedade a qual muitas pessoas não tem nada a ver. Justamente por isso que tivemos um diálogo em com a PM e a organização do trânsito. A classe está unida e na expectativa do poder público vir nos atender, olhar para nós porque estamos sofrendo no Shopping Popular e é necessário que os órgãos competentes possam tomar providência”, declarou.
Rogério comentou que os comerciantes podem voltar a trabalhar na Sales Barbosa se não houver a conversa com o governo municipal. De acordo com ele, a maioria está sem pagar as taxas do empreendimento, porque não há rentabilidade.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Não temos rentabilidade para pagar. Ou voltamos para as ruas ou vamos virar bandidos. E, isso não é da nossa índole. Somos acostumados a trabalhar e a sustentar a nossa família com o suor do nosso rosto. É uma situação muito delicada e eu peço encarecidamente em nome de Jesus que o poder público venha olhar para essa classe e resolver esse problema”, frisou.
O capitão Djomar Cruz que acompanhou a manifestação dos comerciantes explicou ao Acorda Cidade que a polícia sempre está presente neste tipo de movimento e não é para reprimi-lo, mas para orientar os participantes e para que a ordem pública não seja quebrada. Ele contou que conversou com os manifestantes, houve o entendimento e assim decidiram por encerrar o ato.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Tem senhoras, crianças no asfalto e não é interessante, não adianta vir para manifestar sobre algo e perder a saúde. Estamos em um momento que temos que zelar por nós e pelo nosso semelhante e se assim não for, a gente acaba se prejudicando. Fiz vê-los essa situação, eles acataram e estão retirando as barracas, as barricadas e estão voltando à normalidade para trazer a ordem do trânsito para o centro”, concluiu.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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