Laiane Cruz
Após ficarem sabendo que a Secretaria de Saúde do município havia retomado a vacinação com a primeira dose da Pfizer contra a Covid-19, para adolescentes entre 12 e 17 anos de idade, as gêmeas Ana Clara e Ana Júlia Gama Soares, de 13 anos, acordaram cedo na manhã da última sexta-feira (8), se arrumaram apressadamente e partiram para a fila da vacina da Unidade Básica de Saúde do Dispensário Santana, localizada no bairro Jardim Acácia.
As irmãs, que residem com a mãe no bairro Vila Olímpia, são filhas do designer gráfico Ricardo Patrese, que acompanhou as adolescentes ao posto de vacinação e não conseguia esconder a felicidade por ver suas meninas tomarem a primeira dose da Pfizer e ficarem a um passo da imunização completa contra a doença.
A alegria de Ricardo não é sem fundamento. Durante o período mais crítico da pandemia, as gêmeas tiveram que se manter afastadas do convívio com os pais por risco de contaminação.
Foto: Arquivo Pessoal
“Atualmente eu estou separado da mãe delas, mas nos damos muito bem e como ela é profissional de saúde, as meninas precisaram passar um tempo entre a casa dos avós maternos em Salvador e a casa dos meus pais em Piritiba, por conta da insegurança e os riscos de contaminação, então foi um momento de muita dificuldade, mas agora é momento de gratidão, porque todos sofreram com essa distância em face da pandemia”, relatou o designer.
As garotas nasceram de parto prematuro, aos 7 meses, no dia 26 de janeiro de 2008. A gestação foi de risco e ocorreu na capital baiana, em Salvador. Apesar das dificuldades dos primeiros dias, as gêmeas cresceram saudáveis e se mantiveram sempre apegadas aos pais. Mas, preocupação de pai e mãe nunca morre, e com a pandemia, a ansiedade e os cuidados de proteção com as filhas só aumentaram.
Foto: Arquivo Pessoal
“Graças a Deus elas evoluíram bem, são saudáveis, carinhosas, são o nosso xodó, e hoje com muita satisfação, com muita alegria, eu as levei para tomar a vacina na UBS do Dispensário Santana. Havia muitos adolescentes na fila para tomar a vacina contra a Covid, e tomaram a vacina da Pfizer”, comemorou.
Para Ricardo, os pais precisam levar seus filhos adolescentes para tomarem o imunizante. “Eu resolvi compartilhar a nossa história, porque serve de estímulo para outros adolescentes e os pais para levarem seus filhos”.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade