Rachel Pinto
O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins da Silva, decretou ontem (5), através do Diário Oficial do Município que o feriado do São João será transferido para o dia 11, véspera do Dia das Crianças. O feriado de 24 de junho não foi comemorado em virtude das restrições do combate à covid-19 e com a transferência, os órgãos públicos municipais que atuam em regime de plantão e que prestam serviços essenciais permanecerão em atividade. A decisão do prefeito desagradou as entidades do comércio e elas alegam que a transferência da data irá se configurar em um período de feriadão, prejudicando o comércio.
Genildo Melo, presidente da Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), disse ao Acorda Cidade que recebeu a notícia com estranheza, principalmente neste momento em que todos estão somando esforços para a retomada da economia. Para ele, o ferido no dia 11 vai prejudicar as vendas do Dia das Crianças que é uma data muito positiva para o setor comercial.
“Nós recebemos com muita estranheza, uma vez que o decreto da prefeitura vem para uma data muito importante para o comércio de Feira de Santana, que é o Dia da Crianças, o dia 11 que antecede o Dia da Crianças. Nós entendemos que não foi o melhor momento, poderíamos ter escolhido uma outra data que não antecedesse um dia tão importante de vendas e o movimento é muito forte em Feira de Santana, principalmente na segunda-feira, dado Feira de Santana tem uma influência muito grande em cidades circunvizinhas e as pessoas vem fazer suas compras. Achamos que não foi a melhor data, não foi uma data adequada para o movimento de Feira de Santana, segunda feira é um dia tradicional de vendas, ainda mais antecedendo uma data importante como o Dia das Crianças”, completou.
Genildo Melo relatou ainda que a Associação Comercial, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato dos Lojistas não foram ouvidos e em relação ao decreto e que acredita que a decisão do prefeito não seja mudada.
“Nós estamos surpresos como todo empresariado em Feira de Santana, e nessa oportunidade não fomos chamados com relação a esse decreto que tem um feriadão. Tão logo o decreto foi publicado, nós nos falamos, fizemos algumas reuniões na tentativa de tentar entender qual a razão desse decreto, dando esse feriadão. O decreto feito, dificilmente volta atrás, mas Associação Comercial, CDL e Sindicato não concordam. A reversão desse quadro, não creio que possa acontecer, portanto as entidades não deixarão de apresentar suas necessidades e sugestões e de repente a prefeitura poderá mudar”, concluiu.
O prefeito Colbert Martins disse em entrevista ao Acorda Cidade que ainda não foi procurado pelas entidades do comércio, mas está aberto a conversar e a negociar sobre a data do feriado.
Ele frisou que está cumprindo uma determinação legal de não anular o feriado e pode haver a alteração desde quando haja um interesse maior.
“O meu objetivo é que o ferido que não foi anulado possa ser cumprido e todas as possibilidades que precisam ter entre negociações de empresários e sindicatos podem ser feitas também. Posso conversar, estou aberto e o vice-prefeito Fernando de Fabinho está coordenando essas ações de retomada econômica. Não há dificuldade de conversar a respeito do assunto, vou cumprir o feriado que eu adiei”, declarou.