Festival de Sanfoneiros

IV Festival de Sanfoneiros agita a noite feirense

Segundo a coordenadora do evento, Celismara Gomes, foram 42 inscritos para o Festival. Depois de uma seleção, foram classificados 12 para a grande final

Roberta Costa

Aconteceu na noite desta quinta-feira (26), no Centro de Cultura Amelio Amorim, o IV Festival de Sanfoneiros de Feira de Santana. Cerca de mil pessoas compareceram ao evento, que teve a presença de 12 sanfoneiros, de diversas cidades baianas e também de outros estados.

Segundo a coordenadora do evento, Celismara Gomes, foram 42 inscritos para o Festival. Depois de uma seleção, foram classificados 12 para a grande final.

Foram representadas as cidades de Irará, Serrinha, Rafael Jambeiro, Palmeiras, Santa Bárbara, Feira de Santana, Riachão do Jacuípe, Ipecaetá, Serra Preta, Candeiras, Capim Grosso e Bananeiras na Paraíba.

Celismara Gomes, falou da importância do Festival para a cidade de Feira de Santana. “O IV Festival de Sanfoneiro tem o intuito de preservar e mostrar a cultura popular nordestina, através da sanfona”.

Estavam presentes no Festival, que foi apresentado pelo radialista Tanúrio Brito, o deputado estadual Zé Neto, os vereadores Marialvo Barreto e Frei Cal. Zé Neto falou da importância da valorização do sanfoneiro como forma de recuperar a cultura popular em Feira de Santana. “Todo tempo a gente tem visto que, as coisas que dizem respeito ao sertão florescem cada dia mais forte. Tudo aponta pra gente o sentimento que Feira de Santana deve recuperar e expandir sua dose sertaneja”, afirmou Zé Neto. O vereador Frei Cal falou da importância cultural e educacional do evento: “A sanfona faz parte da vida dos nordestinos. Músicas como estas que ouvimos hoje,  proporciona nas pessoas a dimensão educacional do sanfoneiro e sua importância para a nossa terra”.

Sanfoneiros famosos, como Bililico de Irará, também estavam participando da grande festa. Para Bililico, o Festival pode ser classificado como um resgate da cultura do sanfoneiro, pois “essa é maneira oficial de se desenvolver e mostrar quem nós somos. Nós somos nordestinos, forrozeiros. Nós somos lutadores, caboclos sonhadores”.

Receberam mensão honrosa dos jurados, a sanfoneira Lidia do Acordeon e Paco do Acordeon. Lídia deu o toque feminino do Festival. Ela tem 63 anos e toca sanfona desde os nove anos de idade. Perguntada como é ser uma mulher num meio de predominância masculina, ela disse que se sente orgulhosa e parabenizou a coordenação pela organização do evento.

Lídia do Acordeon, sanfoneira 'arretada'

Luizinho dos 8 baixos ficou com o terceiro lugar e recebeu o prêmio de R$1.000,00. No segundo lugar ficou Kelvin Diniz, 20 anos, que faturou o prêmio de R$2.500,00.

O grande vencedor da noite foi o sanfoneiro Machadinho, de apenas 16 anos, da cidade de Rafael Jambeiro, que foi campeão também da 3ª edição do Festival de Sanfoneiros. Machadinho toca desde os 5 anos de idade e levou para casa o prêmio de R$3.500,00. Além desse prêmio, o público que compareceu ao Amélio Amorim, votou para escolher um sanfoneiro para faturar R$1.000,00. Machadinho também foi escolhido pelo público, recebendo dois prêmios na mesma noite.

 “Me sinto muito bem sucedido com essa premiação, porque estar aqui e ser bi-campeão é uma coisa muito grande, muita emoção, fiquei muito alegre. Meu pai começou a tocar pelo meu tio, meu irmão pelo meu pai e eu por eles. Meu sonho é seguir carreira tocando e pedir a Deus que dê tudo certo”, afirmou o campeão.

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