Laiane Cruz
O Centro de Convivência para Idosos Dona Zazinha Cerqueira realiza de hoje (1º) até a próxima quinta-feira (7) uma programação especial para comemorar o Dia Internacional do Idoso, celebrado nesta sexta.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
A abertura das atividades contou com palestras, apresentações de idosos e também um baile. Durante o restante da semana, estão programadas atividades remotas, encerrando-se também com um bailinho, para um número limitado de participantes.
De acordo com Tilda Brasileiro, coordenadora do Centro de Convivência Zazinha Cerqueira, antes da pandemia havia 1.050 idosos cadastrados, porém com a suspensão das atividades presenciais, muitas pessoas não conseguiram acompanhar as atividades online.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Nós tivemos aulas online, convívio pelo whatsapp, e ficamos apenas com 500 idosos. Houve uma diminuição, porque nem todos têm a rede social, viajaram para outras cidades, não têm acesso à internet e não sabem usar as tecnologias. Então nós sabemos que o presencial atrai muito mais”, afirmou.
Ela explicou que com o avanço da vacinação, foi possível retornar com algumas atividades presenciais, como palestras, trazendo orientações aos idosos cadastrados.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Nós estamos aqui desde o mês de junho fazendo pequenos encontros informativos, sobre a pandemia, vacinação, cuidados preventivos. Vimos aumentando gradativamente. Nesse dia especial para comemorar o Dia Internacional do Idoso, demos início à Semana do Idoso e estamos com 78 idosos com algumas atividades, como uma palestra sobre saúde bucal, palestra sobre violência contra o idoso, duas apresentações de idosos, um lanche e um bailinho com os participantes.”
A expectativa, segundo ela, é que dentro de 15 dias, o centro possa retomar as atividades do local, para idosos que já completaram o esquema vacinal. “O receio é muito grande, porque muitos idosos foram acometidos pela covid-19, bem como seus familiares.”
Cadastrada há mais de seis anos no centro de convivência Dona Zazinha, Dulce de Jesus Gomes, de 71 anos, viu sua rotina mudar completamente com a chegada da pandemia e a necessidade de isolamento social. Sempre muito ativa, ela participava de atividades de dança, teatro, academia e samba de roda na entidade.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Eu acho que todos os idosos deveriam participar do Zazinha, tenho 71 anos, tive uma vida muito difícil e me encontrei aqui. Tenho sete filhos, mas vivo aqui. A gente se sente melhor, vivo, e isso que importa pra o idoso. Hoje em dia nem os objetos querem ficar isolados, porque enferrujam e a gente tem que trocar”, relatou.
Para a idosa, o apoio do Zazinha é imprescindível para a sua saúde emocional. “Nós precisamos de atividades como essas, aqui a gente rejuvenesce. Aqui é o lugar que todos os idosos deveriam participar, são atividades de dança, palestras, aprendizados. Vale a pena. Eu sou uma pessoa muito ativa, faço dança, teatro, academia, samba de roda, fazia tudo. Quando chegou esse isolamento, eu chorei muito todos os dias, o que me salvou foi a oração. Deus não nos colocou aqui para sofrer. Aqui a gente interage com as pessoas, com as atividades. A gente tem que se cuidar, mas continuar a viver”, desabafou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.