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Apesar de pouco praticada, a meditação tem se tornado cada vez mais procurada ao redor do mundo, e grande parte disto se deve aos efeitos imediatos que a pandemia trouxe para as pessoas. Mas essa prática pode auxiliar também nas pessoas terem uma noite de sono mais regular e saudável.
Segundo o Google, em 2020, buscas como “como ser uma pessoa mais calma” cresceram 3.250% em relação ao ano de 2019. “Espairecer a mente" cresceu 400%. "Muitos temas dispararam nas buscas durante a pandemia, e o bem-estar físico e mental foi uma das verticais em que esse salto ficou bem claro”, relata o diretor do Google News Lab no Brasil, Marco Túlio Pires, em entrevista ao site UOL.
“As medidas de distanciamento social criaram uma nova rotina na vida das pessoas, e elas precisaram se acostumar a novos hábitos, horários e precisaram encontrar novas maneiras de executar determinadas atividades”, complementa Pires.
Em relação à meditação, além de proporcionar uma sensação de bem-estar para o praticante, diversos estudos comprovam que ela pode ajudar a melhorar significativamente a nossa qualidade de vida, como a qualidade do sono. Isso se deve ao fato de a meditação alterar o estado mental e físico com as técnicas de concentração.
O que pode ser um grande aliado para fornecer uma boa noite de sono é, além de um ambiente silencioso, uma iluminação baixa, cama box e travesseiros confortáveis – tudo isso aliado a uma prática constante de meditação pode trazer resultados milagrosos para quem possui uma qualidade de sono ruim.
Como identificar uma qualidade de sono ruim?
Apesar de parecer algo completamente difícil de se identificar, na verdade, acaba sendo bem fácil quando se sabe identificar os sinais que o seu corpo lhe mostra durante o seu dia a dia.
Pessoas que tendem a dormir mal, geralmente, apresentam dificuldade em se concentrar, sentem-se sonolentas frequentemente, com alta irritabilidade, falta de raciocínio mais rápido, déficit cognitivo, mau humor, fora a mais evidente de todas: se, mesmo depois de horas dormindo, você ainda se sente indisposto, é um sinal grave de que você não tem dormido de forma adequada.
Quais os benefícios da meditação?
Segundo diversos estudos e artigos relacionados ao tema, a meditação impacta e influencia no corpo e na mente. E seus praticantes relatam que sentem um estado de consciência particular, que difere dos de vigília-sono, impactando positivamente no sistema nervoso central e autônomo.
Os benefícios são muitos, como diminuir o metabolismo controlando a taxa respiratória, fazendo com que o consumo de oxigênio caia e a eliminação de gás carbônico também. Ela também diminui o lactato plasmático, que, em grandes quantidades, pode acabar gerando ansiedade.
Apesar de o corpo entrar em hipometabolismo basal, quando a taxa energética do corpo fica a menos de 10%, com a meditação, a mente ainda se mantém alerta, desenvolvendo uma capacidade maior de determinadas funções fisiológicas involuntárias.
Estudos ainda mostram que ocorrem alterações no cérebro de meditadores experientes, como o aumento da região do córtex, que está ligada diretamente à atenção, afetos positivos e resiliência. Fora que a meditação ainda ajuda na adaptação do estresse, fazendo com que a frequência cardíaca e outros normalizadores funcionem mais rapidamente em situações muito estressantes.
E como isso funciona com o sono exatamente?
A meditação, como relatada anteriormente, traz diversos benefícios para o corpo, incluindo o auxílio ao combate de doenças como depressão e ansiedade, que podem acabar gerando um quadro de insônia, e isso se deve ao relaxamento que essa prática proporciona para seus praticantes.
Mas tais práticas estão interligadas, justamente pelo fato de que o corpo precisa de uma redução gradual das funções até chegar à sonolência, e um dos grandes obstáculos em iniciar isso é a hiperestimulação – comum em pessoas mais estressadas, deprimidas ou ansiosas.
Com a meditação, ocorre um estímulo maior para o relaxamento no organismo, que aquieta a mente, desacelera a frequência cardíaca e respiratória e reduz os níveis de cortisol – hormônio responsável principalmente pelo estresse.
Tudo isso resulta em uma aceitação da consciência, de que precisa reduzir os sofrimentos psicológicos, como raiva e preocupação, deixando o organismo mais apto para adormecer. E, no longo prazo, segundo pesquisas científicas, as pessoas começam a ter melhores resultados em ondas lentas e no sono REM, fora que despertam menos durante a noite.
Quais tipos de meditações são recomendados?
Não existe nenhum tipo de meditação que é mais indicada do que a outra, pois todas trazem benefícios incontestáveis para a saúde de seus praticantes, independentemente de idade ou condições de saúde.
Porém, para quem não tem ideia de como fazer isso e por onde começar, uma das mais indicadas são as meditações guiadas, que podem ser encontradas tanto em serviços de streaming de música, quanto em sites de pesquisa.
Na meditação guiada, um instrutor conduz através da prática, ensinando como relaxar os dedos dos pés, as pernas, os braços e assim por diante. Também pode levar através de imagens guiadas e estimulando sua imaginação para paisagens relaxantes.
Esse tipo de meditação pode variar de cinco minutos até uma hora, dependendo, é claro, da técnica utilizada, porém cabe a necessidade de cada um ver qual se adequa melhor à sua rotina.