Gabriel Gonçalves
Na manhã desta sexta-feira (24), representantes do povoado de Santa Quitéria e da construtora LMarquezzo, se reuniram na secretaria de Desenvolvimento Urbano de Feira de Santana, para tratarem sobre a construção do muro, que segundo os populares, está sendo construído no meio da rua.
Ao Acorda Cidade, o secretário Sérgio Carneiro informou que este foi o primeiro contato entre os representantes, mas nada ficou decidido e um novo encontro será marcado na próxima semana.
"Esse foi um primeiro contato na tentativa da prefeitura fazer uma conciliação entre as duas partes, elas colocaram suas pontuações, a empresa afirmou que tem um projeto aprovado, como de fato tem o alvará da construção e toda a dificuldade pelos loteamentos que já foram registrados em cartório e comercializados. A comunidade está dizendo que já fez os recuos necessários e não está mais dispostos a recuar, então uma nova reunião foi marcada entre eles, para que se tenha uma definição", disse.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
De acordo com o secretário, a construtora alega que todo projeto foi desenvolvido durante três anos e agora, os processos serão encaminhados para o setor jurídico.
"A construtora alega que não irá recuar e afirmou que foram três anos para que o projeto fosse aprovado. Na semana que vem, acredito que seja na terça-feira, que eles irão se encontrar novamente para decidir o que será feito. A empresa informou que irá verificar com o setor jurídico alguma possibilidade para oferecer algum custo, mas isso será definido entre eles", explicou.
Uma das representantes do povoado de Santa Quitéria, Claudia Santos, explicou que o acordo está difícil de ser concluído e afirmou que o espaço que a construtora irá deixar, só permite o acesso de veículos menores.
"Está sendo difícil ter um acordo com eles. Estão solicitando que os moradores façam o recuo, sendo que já fizemos e deixamos o espaço da rua, até porque a maioria dos moradores, possui veículos, têm comércio, então pensamos nisso. Agora eles não querem abrir mão de mais um metro, e agora na totalidade, os moradores irão perder cerca de 5m da rua, em contrapartida, a empresa nem começou a construção. Desse jeito, não entra nem caminhão do lixo, ambulância, nada, só mesmo, carros pequenos", alegou.
Claudia Santos confirmou que a próxima reunião será realizada na terça-feira (28).
"A empresa nos pediu até a próxima terça-feira para verificar junto ao setor jurídico qual a possibilidade que ela tem de fazer o recuo, o que pode ser alterado no projeto deles. Nós vamos agora aguardar esse posicionamento, para verificar se será favorável ao nosso direito e iremos entrar com uma ação judicial. Enquanto isso, a obra continua parada, estamos vigiando para que a empresa cumpra a palavra dela, até que tudo seja resolvido", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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