Jogos Paralímpicos de Tóquio

Nathan Torquato faz história e conquista ouro em estreia de parataekwondo em Jogos Paralímpicos

Esta é a 19ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa.

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O Brasil conquistou a primeira medalha da história do parataekwondo em Jogos Paralímpicos. E foi logo um ouro. O paulista Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, subiu ao lugar mais alto do pódio, na manhã desta quinta-feira (2), após chegar a final e vencer o egípcio Mohamed Elzayat, no Makuhari Messe Hall B

A luta decisiva nem deveria ter acontecido. O egípcio sofreu uma lesão no rosto durante a semifinal e, por segurança, não voltaria para a final. Mas os atletas chegaram a subir na área de combate e, após um golpe do brasileiro, os médicos interromperam o duelo e confirmaram Nathan Torquato campeão.

Esta é a 19ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, faltam apenas duas para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m.

Além da medalha de ouro de Nathan Torquato, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: Gabriel Geraldo (50m costa e 200m livre na classe S2), Talisson Glock (400m livre na classe S6), Alessandro Silva (lançamento de disco na classe F11), Beth Gomes (lançamento de disco na classe F52), Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg), Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Carol Santiago (100m peito, 50m e 100 m livre na classe S12), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m na classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso na classe F55).

“Primeira medalha da história do parataekwondo. Estou muito feliz por fazer parte disso e dessa conquista. Foi difícil, senti um pouco na primeira luta, mas cresci ao longo da competição e o resultado foi incrível”, comemorou Nathan. “Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, completou o atleta.

Na semifinal, Nathan Torquato venceu o italiano Antonino Bossolo por 37 a 34. O brasileiro começou bem a luta, abrindo dois pontos de vantagem no primeiro round. No segundo foi onde conseguiu o seu maior estrago, colocando o placar em 24 a 13 entrando no período final. No último assalto, no entanto, o italiano teve grande reação e chegou a cortar o déficit para um ponto, mas o atleta do Brasil conseguiu segurar e sair com a vitória.

Em seu duelo inicial, ele derrotou Parfait Hakizimana, do Comitê Paralímpico Russo, por pontos (27 a 4). Já nas quartas de final, o paulista superou o japonês Mitsuya Tanaka por 58 a 24. Na semifinal, marcada para as 6h15 desta quinta-feira, Nathan vai encarar o italiano Antonino Bossolo.

Nathan nasceu com uma má-formação no braço esquerdo. Aos três anos, quando voltava da escola de bicicleta, acompanhado pela mãe, viu uma academia. Insistiu para a mãe o matriculá-lo até ela atender seu pedido. O atleta treina no mesmo local até hoje.

Além da medalha em Tóquio, Nathan Torquato tem entre as suas principais conquistas, o ouro no Pan-Americano da Modalidade em Heredia, na Costa Rica, em 2020, e o ouro no Parapan Lima 2019. 

Fonte: CPB

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