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O Ministério Público do Trabalho (MPT) concedeu prazo de 15 dias para que as empresas de transporte urbano Rosa e São João, além do Sindicato dos Rodoviários e a Prefeitura de Feira de Santana, apresentem documentos comprovando as alegações que levaram patrões e empregados a um impasse nas negociações salariais deste ano.
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As três partes envolvidas se reuniram nessa quinta-feira sob a mediação do MPT para tentar negociar acordo para a convenção coletiva da categoria, mas não houve avanços. Após o prazo, o procurador Ilan Fonseca vai avaliar a necessidade de convocar nova reunião.
O impasse na negociação salarial se estabeleceu por alegações das empresas de que estão trabalhando em déficit por causa da redução do movimento causada pela pandemia. Os trabalhadores chegaram a decretar greve, que foi suspensa por decisão da Justiça Comum a partir de ação movida pela prefeitura.
Já o município alega dificuldades financeiras para promover a readequação do contrato de concessão dos serviços de transporte público urbanos e está há cerca de um ano aguardando a conclusão de estudo para balizar uma nova pactuação de valores com as empresas que pudesse viabilizar a manutenção do serviço.
“Nessa reunião, nenhuma das partes apresentou qualquer proposta que pudesse ser levada aos demais envolvidos e que pudesse abrir caminho para um acordo. Devido à complexidade da situação, optamos por manter a mediação aberta, solicitar os documentos que comprovem as alegações tanto das empresas, quanto da prefeitura e dos trabalhadores e tentar mais adiante abrir um canal de diálogo que possa evitar o impasse”, avaliou o procurador Ilan Fonseca.
Ascom MTP