Gabriel Gonçalves
O ex-presidente do Fluminense de Feira Everton Carneiro, o Pastor Tom, esteve na manhã desta segunda-feira (16) acompanhado do presidente da torcida Falange, Leandro Silva, na 2ª Delegacia Territorial (DT), verificar como está o andamento das investigações sobre a invasão na sede após o jogo do Bahia, no dia 4 de agosto.
Segundo informações prestadas por populares, homens uniformizados com a camisa da torcida Bamor do Bahia teriam sido os autores do vandalismo.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Everton Carneiro explicou que após o primeiro arrombamento na sede, um novo grupo retornou ao local, desta vez invadindo também a residência do presidente da Falange.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
"Isso é coisa de bandido com o povo de Feira de Santana. Estou aqui no dia de hoje trazendo um assunto muito importante acerca da torcida organizada. No jogo passado do Bahia aqui em Feira, a bandeira da Bamor foi queimada e esse ódio foi criado. No mesmo dia, invadiram a sede da falange que fica no bairro Baraúnas, destruindo-a toda e depredando até o carro do nosso amigo Carlinhos do Megafone. Porém, isso não parou por aí. Novos grupos dessa torcida vieram novamente e invadiram a casa do presidente da Falange, o Léo. Onde lá, tem a mãe, tem o irmão e vieram com instinto de perversidade mesmo, jogaram bombas, arrombaram o portão e a salvação é que não tinha ninguém no momento. Conversei agora com Dr. Roberto Leal porque isso é inadmissível e a justiça tem que tomar uma decisão, temos gravações dos carros e tenho a absoluta certeza que Dr. Roberto Leal irá saber como agir com estes bandidos", destacou.
De acordo com o ex-presidente do clube, pichações com dizeres da torcida adversária estão estampadas nas paredes.
"Lá tem todos os dizeres deles, picharam as paredes, picharam a casa, a entrada da sede, picharam o Joia da Princesa. Eu digo até que estou sendo contundente nas minhas colocações aqui, porque ninguém aqui é criança. Trouxemos aqui as imagens, a gente pegou a placa de um carro, e esse veículo pertence a um torcedor que está vestido com a camisa da Bamor e agora cabe à Justiça fazer o seu papel, contra fatos não há argumentos", afirmou.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Para o presidente da torcida organizada, Leandro Silva, a rivalidade entre as torcidas sempre aconteceram, mas agora a situação já está saindo fora do controle.
"Essa rivalidade já existe entre as torcidas e infelizmente algo que foi iniciado por parte deles está saindo do controle. O Fluminense nem está jogando contra o Bahia e estas coisas estão acontecendo. Ficamos no prejuízo avaliado em mais de R$ 3 mil, porque teve a porta invadida, teve o som, a televisão e tudo isso a polícia já tem conhecimento. Os moradores ficaram muito assustados com tudo isso e esperamos que a justiça possa resolver. Se fosse um jogo entre Fluminense e Bahia, até daria para entender, mas isso aí é considerado um crime, porque nada tem lógica", destacou.
Segundo o delegado Roberto Leal, todas as investigações tem como objetivo identificar os autores da invasão tanto na sede da torcida, quanto na residência do presidente da Falange.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"De acordo com as informações que foram levantadas aqui, houve uma briga de torcidas no último jogo do Bahia e acabou gerando esse conflito. As informações angariadas foi que por duas vezes em outras oportunidades, integrantes da Bamor danificaram tanto a sede da torcida do Fluminense, quanto a residência do presidente da torcida. Os trabalhos agora são voltados para a identificação destas pessoas, os veículos utilizados para que a gente consiga fazer um trabalho eficaz", disse.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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