Economia

Cesta básica em Feira de Santana continua em ritmo de alta

Em julho, apenas com a aquisição de carne, o feirense despendeu 30,49% de todo o gasto realizado para comprar os produtos da cesta básica.

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O valor da cesta básica de Feira de Santana atingiu R$ 429,23 em julho, o que significa elevação de 1,75% no seu valor frente ao registrado no mês anterior. No trimestre, o aumento da cesta foi de 3,91%, e, nos últimos 12 meses, a cesta básica de Feira de Santana contabilizou incremento de 15,85%. Segundo os professores e alunos do curso de (Uefs) que trabalham no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, os produtos que registraram maior elevação nesses 12 meses foram o óleo (82,34%), o açúcar (37,45%), o arroz (33,33%) e a carne (26,05%). Cabe sublinhar que o aumento do preço da carne provoca impacto relevante no valor da cesta, pois esse produto, individualmente, se constitui naquele com maior peso na composição do conjunto de alimentos reunidos na cesta. Em julho, apenas com a aquisição de carne, o feirense despendeu 30,49% de todo o gasto realizado para comprar os produtos da cesta básica.

Em julho, a alta da cesta básica foi puxada, principalmente, pela banana-prata e tomate, que registraram aumento nos seus preços médios de 13,78% e 12,95%, respectivamente. A oferta mais limitada, em função de condições climáticas (frio e geada) pressionou o preço desses alimentos para cima. Outros quatro itens (café, farinha de mandioca, carne e açúcar) também apresentaram alta, porém em patamar inferior a 1%. Seis alimentos registraram preços médios inferiores em julho frente aos seus preços no mês anterior, com destaque para o óleo de soja (-7,28%), arroz (- 5,53%), leite (- 2,96%) e feijão (-2,94%).

O trio arroz, feijão e carne, base alimentar do prato de almoço, foi responsável por 41,57% do valor da cesta básica em julho. Já os produtos associados ao café da manhã – pão, manteiga, café e leite – representaram 29,29%. As duas refeições juntas participaram com 70,86% do valor total da cesta. Esse percentual de gasto foi inferior ao observado no mês de junho (72,88%), principalmente por conta da redução dos preços médios do arroz, feijão e leite.

A cesta básica comprometeu 42,18% do salário mínimo líquido (salário mínimo com o desconto previdenciário). Trata-se de um comprometimento superior ao observado no mês anterior (41,46%), exatamente na mesma proporção do aumento do custo da cesta básica de julho.

No que se refere ao tempo de trabalho gasto pelo trabalhador de Feira de Santana que recebe o salário mínimo para aquisição dos produtos da cesta, observa-se um dispêndio de 92 horas e 48 minutos. Em relação a junho, verifica-se um tempo de trabalho necessário maior, uma vez que o trabalhador precisou dedicar uma hora e 36 minutos a mais do seu tempo laboral para comprar os alimentos da cesta básica.

 

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