Feira de Santana

Índice de preços dos combustíveis em Feira de Santana segue em alta

O acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho o índice sofreu um aumento de 38,46%.

Acorda Cidade

No mês de julho o índice de preços dos combustíveis em Feira de Santana manteve sua tendência de alta e aumentou 2,52% em relação ao mês de junho. Esta variação do índice foi influenciada diretamente pelo preço do GLP, que variou 2,82%, e pelos preços do GNV, diesel, gasolina e etanol, que registraram um aumento de 2,77%, 2,59%, 2,33% e 2,09%, respectivamente (Gráfico 1 a seguir). Os preços médios de cada combustível no mês de julho (Tabela 1) foram R$ 5,92/l para a gasolina, R$ 4,55/l para o diesel, R$ 4,92/l para o etanol, R$ 3,90/m³ para o GNV e R$ 79,88 por botijão de 13 Kg de GLP.

Os dados foram levantados por estudantes e professores do cursos de Economia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) através do Programa Conhecendo a Economia Feirense. O programa tem como objetivo levantar, sistematizar e divulgar informações socioeconômicas sobre a economia local, entre as quais, o índice de preços envolvendo os principais combustíveis consumidos no município.

De acordo com o programa, para o cálculo do índice de preços dos combustíveis em Feira de Santana são considerados os preços médios agrupados da gasolina comum, do etanol, do GLP (gás de botijão), do óleo diesel e do GNV (gás automotivo). Os dados utilizados são levantados e disponibilizados mensalmente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Gráfico 1 – Variação do índice de preços dos combustíveis e seus componentes em Feira de Santana, junho/2021 Base de comparação: maio/2021

 

Tabela 1 – Preços médios dos combustíveis em Feira de Santana, junho e julho de 2021 (R$)

 

O boletim do levantamento informa que “no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho o índice sofreu um aumento de 38,46% (Gráfico 2), que é uma variação muito acima da inflação ao consumidor observada durante o período. Nesta base de comparação houve aumentos expressivos nos preços do etanol (49,32%), do diesel (40,49%), do GNV (37,73%), da gasolina (37,51%) e do GLP (27,44%). Este movimento altista no preço dos combustíveis, acentuado nos últimos meses, está sendo observado em todo o país.”

Gráfico 2 – Variação do índice de preços dos combustíveis e seus componentes em Feira de Santana – Base de comparação: mesmo mês do ano anterior (julho/2020)


 

Com este aumento verificado em julho nota-se que o índice de preços dos combustíveis em Feira de Santana, mais uma vez, renovou a sua máxima histórica, como pode ser verificado no Gráfico 3. De fato, a elevação dos preços dos combustíveis no período recente tem pressionado a inflação de preços ao consumidor feirense, uma vez que cerca de 19% da cesta de bens e serviços tipicamente consumida pelo cidadão baiano é composta pelo grupo transportes. A elevação de preços dos combustíveis na economia local ocorre ao mesmo tempo em que a moeda brasileira se deprecia em relação ao Dólar norte-americano. O preço do dólar passou de R$ 4,97 no final de junho para R$ 5,21 no final de julho. Além disso, o preço do Petróleo no mercado internacional, outra variável que está diretamente associada com os preços dos combustíveis na economia local, já voltou para o seu nível pré-pandemia e segue com sua tendência de alta em meio a um aparente ciclo de commodities na economia global. O barril do Petróleo Brent, por exemplo, referência para a Petrobras, encerrou o mês de julho sendo negociado a pouco mais de 76 dólares, ante a apenas 50 dólares no início do ano.

Gráfico 3 – Índice de preços dos combustíveis em Feira de SantanaÍndice (jan/2013=100)

A manutenção da tendência de aumento dos preços dos combustíveis depende fundamentalmente da decisão dos países exportadores de petróleo e seus aliados, se irão ou não aumentar a produção de petróleo ao longo dos próximos meses. A maior produção, dada a demanda, pressionam os preços para baixo. Este tipo de decisão é fundamentalmente uma questão geopolítica. Outro ponto que pode pressionar o preço dos combustíveis na economia local é a taxa de câmbio: se o dólar voltar a flutuar próximo de R$ 5,50, por exemplo, a pressão para novas rodadas de aumento dos preços dos combustíveis será ainda maior em 2021.

Com informações do boletim do programa Conhecendo a Economia Feirense
 

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