Gabriel Gonçalves
Professores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), realizaram uma manifestação em frente ao Núcleo Territorial de Educação (NTE 19), de Feira de Santana, na manhã desta segunda-feira (2).
A reivindicação, é contra o retorno das aulas semipresenciais que aconteceu na última segunda-feira (26) em todo o estado da Bahia, para os estudantes do ensino médio. Já para estudantes do ensino fundamental, as aulas serão retomadas na próxima segunda (9).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da APLB, Marlede Oliveira, informou que a categoria deseja dialogar com os representantes do estado, pois segundo ela, este ainda não é o momento de retornar com o ensino híbrido.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"Estamos aqui para mostrar o nosso descontentamento, estamos repudiando a atitude do governador de baixar o decreto para que as aulas semipresenciais possam retornar. Os professores estão trabalhando sim, porém ele quis atender aos apelos do setor particular, porque a educação virou uma mercadoria aqui no Brasil e por negligência, o Estado abandonou as escolas e agora a educação que está sucateada aqui em nosso país. Teremos um diálogo nesta terça às 18h para que a gente tenha um diálogo com relação a tudo isso", afirmou.
Ainda de acordo com Marlede Oliveira, não será com ameaças por parte do governo, que a categoria irá ceder às solicitações.
"Sempre foi assim quando enfrentamos o governo, as ameaças sempre vão existir, só que a classe trabalhadora tem que resistir, por quê que estamos hoje aqui em frente ao NTE? Para dizer que a gente não aceita ameaças, queremos diálogo. Tudo é resolvido na base do diálogo, então assim, o Governador já mandou imunizar todos os professores com a segunda dose? Sabemos que as UTIs estão cheias, e não é de pessoas mais velhas, porque estas já foram vacinadas, são com pessoas jovens", destacou.
Com relação a opinião dos pais que apoiam o retorno do ensino híbrido, a presidente da APLB, informou esta é uma decisão que deve ser respeitada, mas salientou que os riscos ainda estão presentes, principalmente por parte dos estudantes que não foram imunizados com a vacina contra a Covid-19.
"A gente respeita, mas o que nós queremos, é levar para a vida, porque conteúdo se repõe, tudo na vida se repõe, tudo se resolve, agora morrer o aluno, morrer o professor, o funcionário, nem Rui Costa, nem o pai, vai trazer a gente de volta. Então é necessário que haja essa preocupação com o filho que ainda não está imunizado, que chega na escola e pode pegar Covid de outro, porque ainda existem pessoas assintomáticas e pegando o vírus dentro da escola, levam para casa. Estamos ainda aí vacinando as pessoas acima de 31 anos de idade, mas a luta é esta. Queremos trabalhar, estamos trabalhando de forma remota e o governador diz que não estamos trabalhando. Queremos um retorno com segurança, com a garantia, atendendo a todos os requisitos de segurança e com a categoria toda imunizada", concluiu.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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