Feira de Santana

Em protesto contra governo Bolsonaro, Rui Costa também é alvo de críticas em Feira de Santana

Rui foi criticado por professores contra o retorno das aulas presenciais sem imunização dos trabalhadores.

Acorda Cidade

Uma manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em defesa da vacinação contra a Covid-19 foi realizada na manhã deste sábado (24) em diversas cidades do país.

Em Feira de Santana já é o quarto protesto, mas desta vez não houve caminhada por conta da chuva. Poucas pessoas compareceram ao ato, diferente das outras três manifestações, que ocorreram nos dias 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho. Além disso, Bolsonaro não foi o único criticado, o governador da Bahia Rui Costa também foi alvo. A concentração foi em frente a prefeitura municipal.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O ato, que integra uma agenda nacional de mobilização, também reivindica a volta do auxílio emergencial de 600 reais, mais empregos, e defende o Sistema Único de Saúde (SUS). Em Feira de Santana a coordenação é do “Coletivo de Entidades de Feira de Santana em Defesa do Fora Bolsonaro”.

Segundo o presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia (PT-BA), Éden Valadares, que participou do protesto em Feira de Santana, mais de 40 cidades no estado foram mobilizadas.

 Éden Valadares | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O povo de Feira assim como o povo brasileiro vem demonstrar sua insatisfação, alguns sua decepção, com esse governo que está aí. Um governo que não demonstra empatia e compaixão pelas mais de 500 mil mortes que ocorreram no Brasil de covid-19, muita destas evitáveis, se o governo tivesse feito o que lhe cabia, ou seja, se tivesse corrido atrás de testes, da vacina. Essa semana a gente assistiu o presidente da república. novamente ameaçar as instituições democráticas, ameaçar a democracia do Brasil e toda a sociedade. Instituições públicas e privadas, lideranças sociais e culturais vem demonstrando sua repulsa a esse comportamento. O Brasil experimenta uma jovem democracia e não podemos seguir para o retrocesso”, declarou.

 O deputado federal Zé Neto (PT) e o vereador Ivamberg Lima (PT) participaram da manifestação. 

Um dos coordenadores estaduais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alex Pacheco, estava no protesto com outros integrantes do movimento.

Alex Pacheco | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Esse governo não cuida do trabalhador, e nós do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra sempre lutou, nunca se cansou. Neste dia de chuva estamos aqui defendendo a classe trabalhadora, defendendo a vacina para todos, defendendo o SUS, e defendendo a democracia”.

Na oportunidade, ele relatou que mais de 160 famílias estão acampadas na antiga fazenda da Ebda, em Feira de Santana, e pede atenção do Governo da Bahia. Segundo ele, o acampamento tem mais de 12 anos. “Nós sofremos muito ali (…). Pedimos a sensibilidade do governador para doar o local, e legitimar as famílias na terra”, disse.

Representantes do sindicato dos trabalhadores em educação (APLB) e da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs) também estavam na manifestação contra o governo Bolsonaro, no entanto, os dois sindicatos criticaram o governo da Bahia, por serem contra o retorno das aulas presenciais na próxima segunda-feira (26), sem imunização dos trabalhadores.

De acordo com  a assessoria de comunicação da Adufs, os professores da Uefs tiveram outras pautas específicas como manter-se contra os sucessivos cortes de investimento no setor público; a Reforma Administrativa; os ataques aos direitos trabalhistas e as privatizações e lutar contra o genocídio do povo negro, cigano e indígena.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
  

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