Laiane Cruz
Atualizada às 18h03
A moradora do Caminho L 20, no Conjunto Feira X em Feira de Santana, Maria de Lourdes Timóteo dos Santos há mais de um ano vive um drama, desde que a chuva fez o córrego que passa ao lado da casa dela transbordar, as águas derrubaram o muro do imóvel e comprometeram toda a estrutura.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
De acordo com Maria de Lourdes, em entrevista ao Acorda Cidade, em janeiro de 2020 parte da parede de contenção já havia sido derrubada, e em janeiro deste ano todo o muro foi levado pelas águas. A casa foi comprada há mais de 30 anos e com o tempo ela foi reformando.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Em 2020, aconteceu uma chuva, que derrubou minha casa. A Defesa Civil condenou e a prefeitura ficou pagando um ano de auxílio aluguel. Mas, de janeiro pra cá, não pagaram mais. Meu muro caiu e minha casa está condenada. Já veio um engenheiro aqui, todo mundo, e ninguém fez nada. Aí eu estou agora sem saber o que eu faço pra continuar no auxílio aluguel. Vieram aqui a Defesa Civil, a Defensoria Pública, o prefeito Colbert Martins veio pessoalmente e conversou com a gente. Quando eu comprei essa casa já estava ao lado do córrego. Foi um embrião e eu aumentei, fiz a casa, o muro. A água derrubou o muro e está entrando por debaixo, está tudo cedido, tudo fofo. Já procurei todos os órgãos, já vieram aqui, mandaram engenheiro, mediram, tem pouco mais de um mês, disseram que iriam começar a obra, mas até hoje não veio ninguém”, explicou a moradora.
Segundo Maria de Lourdes, ela e o marido trabalham vendendo caldo de cana. No ano passado ela chegou a receber o auxílio emergência, o que ajudava nas despesas. Mas este ano, o auxílio foi negado e todo o dinheiro que recebem está sendo destinado ao pagamento do aluguel de uma casa na mesma rua e à conta de energia.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Diante de tanta dificuldade, Maria de Lourdes deseja ser beneficiada novamente com o auxílio aluguel. Ela já deu entrada nos papéis, porém não está conseguindo a liberação pela prefeitura.
“Eles estão exigindo uma casa com IPTU pago, e as casas que eu encontro com IPTU é de 400, 500 reais e ninguém hoje em dia está pagando o IPTU. Fui no Cras, levei os papéis e está tudo certo, só que na secretaria estão exigindo o IPTU. Meu marido está trabalhando, e todo o dinheiro que ele ganha está indo pra o aluguel e a luz. Eles pagam R$ 350 de auxílio aluguel, mas meu esposo está pagando 400 reais e 140 reais de luz. A gente sai daqui todo domingo pra vender caldo de cana e vai guardando pra no final do mês pagar o aluguel e não estamos aguentando”, desabafou.
Maria de Lourdes pede ainda que a prefeitura resolva a situação do imóvel dela e refaça o muro que caiu. Ela teme que com as chuvas o imóvel desabe completamente.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Habitação e a seguinte nota foi enviada.
"A equipe do Serviço Social da Secretaria de Habitação esteve na tarde desta terça-feira (6) para verificar a situação da Senhora Maria de Lourdes Timóteo dos Santos. Dona Maria afirmou morar em uma casa alugada, no valor de R$ 400 até o mês de janeiro de 2021 e que seu marido, Wilson de Souza Brito, trabalha vendendo caldo de cana e no momento está recebendo Auxílio Emergencial. Ao entrar em contato com o Departamento de Proteção Social (Suas), pertencente a Secretaria de Desenvolvimento Social, e os titulares informaram que o Auxílio Aluguel Social está liberado e a demandatária precisa apenas encaminhar os documentos da casa para que a mesma seja alugada através do programa. É importante ressaltar que a mesma não possui inscrição no Programa Minha Casa Minha Vida e a atual casa que está condenada pela Defesa Civil é de sua titularidade".
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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