Feira de Santana

Pescadores enfrentam dificuldades com escassez de peixes e falta de subsídios em Feira de Santana

Segundo a pescadora Daniela Lima, que participou da sessão solene, as pessoas que sobrevivem da pesca em Feira de Santana, estão enfrentando grandes dificuldades.

Laiane Cruz

A Câmara Municipal de Feira de Santana realizou ontem (30), uma sessão solene em homenagem ao Dia do Pescador, comemorado em 29 de junho. O ato contou com a presença de alguns vereadores, e o palestrante foi o Chefe de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), o ambientalista João Dias.

Em sua fala, João Dias destacou as dificuldades de sobrevivência desses trabalhadores e a necessidade de serem contemplados com o Seguro Defeso, um benefício pago pelo Governo Federal em vários estados, mas que em Feira de Santana os pescadores não recebem.

Segundo a pescadora Daniela Lima, que participou da sessão solene, as pessoas que sobrevivem da pesca em Feira de Santana, estão enfrentando grandes dificuldades. Ela pesca camarões na comunidade de Mergulho, distrito de Ipuaçu, e disse que o produto está bem escasso.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A gente vive da pesca, mas depois da enchente agora, o camarão sumiu, está bem escasso. O pescador que vive do camarão pega 100 litros na semana. Esse período, o camarão caiu o preço, está de 2,50 a 3 reais o litro. Você faz 300 reais na semana, e vai tirar a gasolina, a ração e a despesa pra vir pra rua vender, não fica nada. O pescador nesses tempos, está passando muita dificuldade”, afirmou.

Daniela Lima destacou ainda que o pagamento do Seguro Defeso aos pescadores iria trazer benefícios tanto para os trabalhadores quanto para o rio.

“Aqui em Feira não tem o Seguro Defeso. Se tivesse era muito bom pra gente. A gente ia ficar durante três meses recebendo, e o rio iria ter um descanso nesse período para produzir mais. A vida do pescador está muito difícil. Uns vivem do camarão, outros do peixe, uns vivem de botar rede pra pescar traíra, tilápia, outros vivem só de pescar tucunaré, mas nesse período tudo está escasso”, salientou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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