Uefs concede bolsas de iniciação científica para estudos relacionados à Covid-19

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A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PPPG) da Uefs divulgou o resultado do edital de concessão de bolsas de iniciação científica para alunos dos cursos de graduação da instituição. Serão concedidas 426 bolsas de estudo oriundas de programas mantidos com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e da própria Uefs (Probic/Uefs). Os alunos terão a oportunidade de inserção no universo da pesquisa científica, preparando-se para o desafio de compor a futura geração de cientistas do país.

Dessas bolsas de estudo, 31 serão concedidas a alunos cujos planos de trabalho estão relacionados a problemas de pesquisa voltados para a pandemia da Covid-19. Entre os projetos de iniciação científica aprovados, um deles estudará a tendência temporal e a distribuição espacial da Covid-19 no município de Feira de Santana. Existem projetos de alunos bolsistas que estarão dedicados ao estudo da população de feirantes, que em geral trabalha em contato com muitas pessoas e está exposta ao contágio pelo novo coronavírus. Serão analisados os cuidados que os feirantes adotam na prevenção ao contágio pelo vírus, com recorte de estudo por gênero, além do estudo da obesidade como fator de risco para incidência de sintomas severos da Covid-19 em feirantes.

Na área de Odontologia outro projeto analisará os impactos da pandemia na condição bucal e nos agravos teciduais de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Na área de Medicina, há projetos voltados aos impactos da pandemia nas ações de prevenção e no perfil de mortalidade por câncer de colo de útero nos municípios baianos; um outro projeto avaliará a relação entre as manifestações clínicas da Covid-19 e a condição imunológica observada em indivíduos infectados pelo HIV/Aids acompanhados em Serviço de Assistência Especializada (SAE) em Feira de Santana.

A área de Enfermagem estudará práticas de cuidado de adultos com doença falciforme, de alta incidência no município, na pandemia da Covid-19. Já os grupos populacionais de 0 a 18 anos antes considerados como praticamente não vulneráveis ao novo coronavírus, serão investigados através do perfil epidemiológico e clínico de crianças e adolescentes internados pela Covid-19 em unidade de terapia intensiva pediátrica. Um segundo projeto se debruçará sobre a aplicação do escore pediátrico de alerta (EPA) no reconhecimento dos casos graves da Covid-19 em crianças e adolescentes hospitalizados; e um terceiro será dedicado a realizar uma revisão integrativa dos aspectos epidemiológicos da Covid-19 em recém-nascidos.