Laiane Cruz
Os servidores municipais que são assegurados pelo plano de saúde Unimed continuam encontrando dificuldades para conseguir atendimento na rede, devido à suspensão dos serviços. O plano de saúde alega falta de pagamento por parte da corretora Plena Saúde, que administra os pagamentos feitos pela Prefeitura de Feira de Santana.
De acordo com o presidente do sindicato que representa os servidores do município (Sindesp), Hamilton Ribeiro, a entidade e a prefeitura assinam o convênio, e que a prefeitura sempre honrou com os pagamentos para a Unimed de Feira de Santana.
"Não passam recursos pelo sindicato para pagar plano de saúde. Depois que a Unimed de Feira de Santana vendeu a carteira, começaram os problemas depois de um ano e dois meses. Porque ela apresentou um débito ao contratante, que é o Sindesp, só que a Unimed de Feira de Santana disse que não queria mais receber o dinheiro na conta porque já tinha vendido a carteira. Tinha feito a migração e autorizou a Secretaria da Fazenda a fazer os repasses para a corretora Plena Saúde. Em junho do ano passado começou toda a problemática e teve a suspensão do plano em julho. Eu tive que assinar uma confissão de dívida, sem que tenha passado um tostão pelo sindicato”, disse o presidente em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (16).
Hamilton Ribeiro afirmou que o sindicato vem acompanhando toda a situação e entrou com uma liminar para garantir os atendimentos. “Tive que assinar uma confissão de dívida para não morrer pessoas, pois fiquei com medo de cancelar o plano. A corretora me garantiu que pagaria e realmente já pagou 70% da confissão de dívida, faltam quatro parcelas de R$ 47 mil. A Unimed nacional conseguiu derrubar a liminar em partes, e além das parcelas da confissão de dívida, estão em abertas as parcelas de abril e maio e está chegando a de junho também. Só que a corretora recebeu o dinheiro e deve pagar a de abril, e informou que estavam faltando R$ 55 mil para completar a fatura de abril. Eu acho que o está atrapalhando é o pagamento de fatura e confissão de dívida”, explicou.
Ainda segundo ele, a prefeitura desconta os valores do salário dos servidores e repassa. “Só que todo mês tem uma diferença ao longo dos seis anos. E é preciso um contador, uma investigação para saber o que está acontecendo. A prefeitura desconta e tem pessoas que não têm limite. Quando não tem limite, ou desconta parcial ou não desconta. Eu acho que o problema é que a prefeitura está descontando baseado na lei dos 30%, mas o contratante nunca foi informado que estão existindo diferenças. O que eu quero saber é por que a prefeitura paga todo mês, mesmo faltando qualquer valor, e está devendo março e abril?”, questionou.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Central Unimed e a seguinte nota foi enviada:
A Central Nacional Unimed não comenta questões vinculadas a processos judiciais em andamento. Entretanto, esclarece que a regularidade no atendimento aos beneficiários vinculados ao plano de assistência à saúde coletivo por adesão contratado pelo SINDESP depende da adimplência do sindicato, ou seja, o pagamento das mensalidades em dia.