Laiane Cruz
O vereador Luís Augusto (Lulinha) do DEM defendeu na manhã desta quinta-feira (10) sua posição como líder do governo na Câmara de Vereadores, após críticas sofridas feitas pelo vereador Paulão sobre a administração municipal e uma possível debandada de grande parte dos vereadores da bancada governista.
Ao Acorda Cidade, ele informou que alguns projetos e requerimentos não estão sendo aprovados, e que os vereadores que apoiam o governo criaram uma espécie de gabinete paralelo e seguem o líder instituído por eles nesse grupo.
“A função do líder é defender o governo, defender as matérias do governo e conversar com os vereadores. Mas foi formado esse grupo dos aliados, que tem um comandante, que é quem coordena esse grupo e segue esse grupo. Ultimamente na Casa a gente tem percebido que alguns projetos e requerimentos não estão passando. Eles não seguem o líder do governo, acompanham a decisão do líder dos aliados”, afirmou.
De acordo com Lulinha, três projetos importantes do governo deveriam ter sido votados pela Casa e ele pediu apoio dos aliados para saber como votariam na questão dos projetos, mas para surpresa dele, descobriu que iriam rejeitá-los.
“Estavam em pauta e já tinha passado do prazo de 45 dias pra serem votados na Câmara. Consultei alguns dos aliados e perguntei se iriam votar conosco nesses projetos e a resposta foi que iriam seguir o grupo. Eu descobri que eles iriam rejeitar os dois projetos e tem outro do FNDE, que é um projeto importante para a cidade, que é seguir a Lei Federal, o Fundeb, e se esse projeto não for votado pode prejudicar a cidade, pode travar o salário dos professores, recursos que venham do Ministério da Educação para Feira de Santana e outras coisas mais. Eu fiz uma estratégia para não perder os projetos e para que eles fossem encaminhados de volta para a Casa, como já aconteceu um que foi devolvido, que trata dos honorários advocatícios dos procuradores da Procuradoria. Outro que trata da mobilidade, que é a mudança da Secretaria de Transporte para a Secretaria de Mobilidade Urbana para melhorar o trânsito da cidade, para dar um suporte maior, tirei da pauta porque sabia que amanhã ou depois o prefeito e os vereadores se assim entenderem podem mandar para a Casa, mas se perdesse, não poderia mais votar esse ano.”
Já o projeto de lei da educação, foi mantido para votação, segundo Lulinha, e espera que esse seja aprovado pelos colegas.
“O do Fundeb, da vereadora Eremita Mota, esse eu deixei passar pra votar, porque é importante e eu não acredito que os vereadores não vão votar contra um projeto dessa magnitude, pois pode prejudicar o desenvolvimento da cidade, os recursos que vem pra o município, são muitas coisas importantes como custeios de escolas, repasses do governo federal”, destacou.