Câmara Municipal

Vereador afirma que irmão não irá passar fome após ser exonerado da prefeitura

Durante o discurso na tribuna livre, o vereador chegou a se emocionar.

Na edição do Diário Oficial do município publicada nesta quarta-feira (9), o prefeito Colbert Martins exonerou dois servidores, familiares de vereadores que ocupavam cargos no paço municipal. Entre eles, está o irmão do vereador Ron do Povo (MDB), Arnaldo Freitas Caribé Neto, exonerado do cargo de Coordenador de Qualificação de Trabalhadores (CQT), do Departamento da Casa do Trabalhador da Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o vereador que no dia de ontem decidiu se vincular ao grupo dos 'independentes', afirmou que o irmão não irá passar fome e destacou que esta ação, é considerada como uma retaliação.

"Essa retaliação que o prefeito fez com meu irmão, vou deixar nas mãos de Deus e ele não irá morrer de fome, ele tem uma profissão e política é passageira, mas construir uma cidade só vai fortalecer o prefeito. Porém, ele não está tendo pessoas competentes para assessorar ou ele também não está ouvindo, não sei qual dos dois está acontecendo. Esse mundo é uma roda gigante, uns não acreditaram que eu não iria voltar para esta casa e retornei, agora cabe ao prefeito querer exonerar as pessoas que trabalham limpando o chão e arrumando os setores públicos", disse.

De acordo com o vereador, Arnaldo Freitas Caribé já tinha mais de dois anos ocupando o cargo na prefeitura e afirmou que foi uma indicação do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho.

"Ele já tinha quase três anos e alguns meses e foi uma indicação do ex-prefeito José Ronaldo e claro, por competência dele. Existiam pessoas por indicação ao setor público que não tinham competências, então a partir daquele momento, não estava contribuindo para o setor e afirmei que aquela pessoa não poderia continuar no cargo, mas meu irmão estava sendo no momento muito útil e vai continuar sendo, ajudando ao próximo", destacou.

Segundo Ron do Povo, existem algumas irregularidades que estão acontecendo em determinada secretaria, mas afirmou que ainda não pode citar quais são pela ausência de provas, e destacou que será preciso investigar.

"Temos ainda que avaliar e investigar para que possamos fazer uma denúncia concreta. Ouvimos algumas pessoas falarem, mas ainda sem prova concreta, ainda não podemos dar nomes. Mas existe sim algumas denúncias aqui na Câmara Municipal e isso já está ocorrendo nos últimos cinco meses e colegas vereadores aliados ao prefeito não estavam sabendo.  Tem vereadores falando aqui na tribuna, falando na imprensa e eu estou vendo isso agora, porque agora tem um grupo aliado, teve até um grupo que está em setores públicos, mas eu ainda não sei qual foi a relação. As pessoas não tem coragem, não tem força de vontade, mas eu tenho", afirmou.

Durante o discurso na tribuna livre, o vereador chegou a se emocionar. Segundo ele, é motivo de decepção pela falta de reconhecimento. "Isso tudo é provocado pela decepção de quando a gente se dedica, quando a gente ajuda, é honesto, fiel e abre mão do dinheiro, de propostas. Chorei por meu irmão, chorei por pessoas que eu tive um compromisso assim como tive um compromisso com o prefeito, ele me disse, 'espere', eu ainda fazendo parte do grupo. Esperei até um certo tempo até onde aguentamos e pessoas que não aguentam, passam por essa dor, só Deus sabe dessa dor, mas não irei falar da minha pessoa, porque sou suspeito, o futuro só a Deus pertence e continuarei fazendo meu papel, fazendo o bem sem olhar a quem", concluiu. (Por Gabriel Gonçalves, com informações do repórter Paulo José)

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