Andrea Trindade
Centenas de pessoas participaram de uma manifestação, na manhã deste sábado (29), em Feira de Santana contra o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido). O ato faz parte de um movimento nacional e ocorreu em várias cidades do país.
Em Feira de Santana, com cartazes e bandeiras, os manifestantes se concentraram inicialmente em frente à prefeitura e seguiram em passeata pela Rua Visconde do Rio Branco, retornando pela Avenida Senhor dos Passos e voltaram novamente para a frente da prefeitura.
Elísio Santa Cruz | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Um dos organizadores da manifestação em Feira de Santana e integrante do movimento Frente Brasil Popular, Elísio Santa Cruz, disse ao Acorda Cidade que o protesto é em defesa da vacina contra a covid-19, contra a perda de direitos trabalhistas, contra a privatização de estatais, e pela volta do auxílio emergencial de R$ 600, entre outras reivindicações.
Ele destacou que apesar do número grande de pessoas, todos estavam usando máscara e levaram álcool gel. Segundo ele, participaram do protesto trabalhadores do campo e da cidade, representantes de partidos de esquerda, de centrais sindicais e do Frente Brasil Popular, além de outras forças sociais.
“O objetivo é defender os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade. Essa luta aqui é defesa da vacina já, é em defesa de um auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia, é em defesa do SUS, é a luta contra a privatização das estatais como a Eletrobrás, a Petrobrás, e várias outras que são patrimônio do povo, é também pela defesa da unidade dos trabalhadores do campo e da cidade. Você percebe aqui centenas de pessoas na rua, mas viemos com normas de segurança. Viemos com álcool em gel, viemos com máscara (…). Vieram à rua com segurança. Você viu o respeito, a organização. Essa mobilização aqui faz parte da mobilização nacional, a luta em defesa pelos direitos do povo, a luta em defesa da vida, a luta em defesa de uma pauta de reivindicação, a luta pelo Fora Bolsonaro”, declarou.
Sandra Freitas | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Sandra Freitas, presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, destacou a perda de direitos trabalhistas e a falta de incentivo às pequenas empresas. Ela também pediu a saída do presidente.
“É um ato nacional e Feira de Santana jamais poderia ficar de fora. Feira tem um histórico de resistência, um histórico de luta, e nós estamos aqui contra esse governo que vem retirando os direitos do povo, que vem matando as pessoas pela sua falta de responsabilidade na condução da pandemia, e deixando o povo passar fome. Estamos dizendo hoje aqui na rua que esse presidente não nos representa e ele tem que cair. Fora Bolsonaro. Os trabalhadores vêm perdendo direitos, suas representações, não tem mais a quem reclamar, as empresas estão fazendo o que querem. Sem contar o desemprego, que está aí assolando. Isso não é culpa só da pandemia, isso é culpa da má gestão do governo, que não percebe que o povo precisa de dinheiro, que as pequenas empresas precisam ser incentivadas para gerar esses empregos que estamos tanto precisando. Por tanto, estamos aqui hoje num grito só: vacina para todos e fora Bolsonaro”, afirmou Sandra ao Acorda Cidade.
Lorena Carneiro | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
A jornalista Lorena Carneiro faz parte do movimento nacional Levante e ratificou as declarações de Elísio e Sandra.
“O ato de hoje é de fundamental importância no momento em que a gente está vivendo. Bolsonaro tem aplicado uma política genocida, não apenas com sua falta de responsabilidade com a vacina e com o controle da pandemia, mas também com o corte de direitos, com o aumento do desemprego, baseado em uma economia furada que não está ajudando em nada o nosso país, pelo contrário, só está prejudicando os mais pobres, e hoje a gente está com mais de 450 mil mortos (pela covid-19), desemprego batendo recordes, o povo com medo de sair de casa e tendo que sair porque pode perder o emprego, a comida mais cara, e não temos nenhum outro motivo para estarmos na rua, a não ser tirar Bolsonaro no poder”, declarou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Professores representados pela APLB Sindicato e Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs) também estiveram no protesto.
Foto: Reprodução/Psol
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade