A VIDA nos possibilita ter uma ideia comum sobre o que a faz ser boa. Se há inúmeras possibilidades e os mais distintos jeitos de viver, deverá haver também uma base comum. Ou seja, deverá existir algo importante para todos: família, profissões, doenças, derrotas, sonhos, angústias, desafios, sofrimentos… O que é mesmo mais importante para ser feliz, na vida?
A VIDA não vale a pena pelas riquezas que temos, pelo sucesso nos empreendimentos, pela fama, pelo reconhecimento dos outros, pelo progresso financeiro, pelos acessos à tecnologia, pelas grandes idéias ou conquistas. São os relacionamentos que fazem a vida ser boa e feliz. Relacionamentos saudáveis, feitos com maturidade, gratuidade, respeito e partilha de vida e de bens.
QUEM CULTIVA bons relacionamentos, chega à velhice mais feliz, realizado e agradecido. As pessoas que não cultivam esses relacionamentos, qualquer problema de saúde, as deixam mais queixosas, tristes e desmotivadas. Já aquelas que vivem relacionamentos saudáveis, diante dos problemas, demonstram mais equilíbrio e conservam a alegria e o gosto pela vida.
ESTAMOS num tempo de inúmeras possibilidades. Ocorre que é necessário um discernimento permanente sobre o que mais valorizo e o que devo fazer. Muitos se perdem em grandes projetos e se esquecem das pessoas, do abraço, da amizade, da partilha de histórias de vida, dos momentos de gratuidade. Nossa felicidade se constrói através da partilha daquilo que somos e relacionamentos positivos.
A PAZ e a alegria que o coração anseia, normalmente, encontramos nas pequenas coisas, nos momentos agradáveis da vida e com quem amamos. Isso sempre será uma tarefa, uma meta a ser alcançada. Desejo que você descubra a alegria nas pequenas coisas e nos relacionamentos que estabelece diariamente. Deus está sempre com você nessa tarefa.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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