Feira de Santana

São João: comércio sofrerá impactos com cancelamento de festas e restrições de locomoção, diz associação

Para o presidente da Acefs, os setores que mais sofrerão impacto com o cancelamento das festas é o setor de calçados e confecções, que sempre se destaca, além das casas dos fogos de artifício

Laiane Cruz

Com o anúncio da proibição de festas e aglomerações, bem como a restrição de circulação do transporte intermunicipal no período do São João na Bahia, o comércio de Feira de Santana sofrerá com o impacto da redução das vendas nesse período, que é considerado um dos melhores do ano para se fazer negócios no município. A avaliação é do presidente da Associação Comercial, Marcelo Alexandrino.

“O comerciante de um modo geral está sempre pensando nos eventos que vão acontecer. Estamos preocupados com o São João, já ouvimos anúncios do governador de que devem restringir a movimentação de ônibus intermunicipais, buscar diminuir as aglomeração, que também entendemos que não é o momento de se ter aglomerações, não teremos os festejos juninos e isso trará um impacto negativo pra o comércio, mas vamos ter esperança que possa ter uma vacinação melhor, pra consequentemente uma melhora do movimento no comércio e claro a saúde da população”, opinou o empresário.

De acordo com ele, em anos anteriores à pandemia, nesse período, a rede hoteleira já estava reservada, principalmente das bandas que iriam tocar nos shows.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Feira de Santana infelizmente não tem um São João tão movimentado, que a gente possa atrair pessoas de fora, porque as festas não são dentro da cidade, são mais regionais, mas tínhamos um grande movimento de bandas, porque tem uma melhor infraestrutura hoteleira, cujo movimento caiu e praticamente zerou. Temos buscado sobreviver com o turismo de negócio, que é tradicional da cidade”, afirmou.

Para ele, os setores que mais sofrerão impacto com o cancelamento das festas é o setor de calçados e confecções, que sempre se destaca, além das casas dos fogos de artifício, que é uma questão tradicional. “Com a proibição de festas e aglomerações com certeza sentirá, assim como o setor de alimentação, a parte dos produtos de milho, de amendoins, no centro de abastecimento. Temos que conviver com essa situação e tenho certeza que o feirense vai sobreviver a esse vírus”, disse.

Dia das Mães

O presidente a Acefs avaliou ainda as vendas no período do Dia das Mães. Conforme Alexandrino, o comércio teve boas vendas, apesar do momento de pandemia.

“Se estivéssemos dentro da normalidade os números seriam outros. Em função da pandemia, foram números bastante razoáveis. Estive conversando com alguns empresários e estavam satisfeitos com o movimento do Dia das Mães, pelo momento que estamos atravessando. Havia uma expectativa desde o final do mês de abril e se percebeu que houve um melhor movimento no comércio, e isso se concretizou no Dia das Mães”, destacou.

Com relação ao funcionamento do comércio aos domingos, o presidente da Acefs se mostrou favorável e disse que isso contribui para o aumento das vendas e a melhora da economia.

“Acredito que a abertura aos domingos contribui para as vendas, principalmente o shopping, que tem seu movimento no domingo extremamente representativo. Poderíamos estender isso ao comércio de rua, que num primeiro momento não iria ter um movimento representativo, porque as pessoas não estão acostumadas. Mas outras cidades do mesmo porte de Feira têm o comércio de rua aos domingos.”

Recuperação econômica

Marcelo Alexandrino destacou ainda que com o prolongamento da pandemia, o comércio tem enfrentado dificuldades, mas a associação vem orientando os comerciantes a continuarem com as medidas de precaução.

“A avaliação em relação ao comércio, de modo geral, é que estamos ainda combalidos, como todo mundo nessa pandemia. E nesse momento a gente se sente um pouco perdido até por falta de orientações, mas estamos trabalhando e vamos vencer. Sempre pedimos aos comerciantes e eles têm atendido que tomem todas as precauções necessárias, porque a covid não terminou e não vai acabar em tão pouco tempo. Esperamos a vacinação em massa da população, temos um número razoável já, mas precisamos de mais. Precisamos continuar com os cuidados necessários pra que a gente possa começar a seguir nossa vida de forma normal.”

Ele acredita que é momento de trabalhar por uma recuperação da economia, com a geração de empregos e a recuperação dos postos de emprego que foram perdidos.

“Dentro do cenário da pandemia, o final do mês de abril já começou a ter uma recuperação, e assim a gente quer que siga daqui por diante, temos uma data importante aí que é o Dia dos Namorados e esperamos um movimento razoável pra garantir os empregos e a movimentação da economia”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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