Acorda Cidade
A Justiça Federal condenou seis pessoas por um golpe milionário contra uma agência da Caixa Econômica Federal de Tocantinópolis, no norte do estado, em dezembro de 2013. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), um dos acusados se passou por ganhador da Lotofácil e conseguiu levar pouco mais de R$ 73 milhões do banco.
Para a Justiça, o falso ganhador teve ajuda do então gerente da agência para completar a fraude e de outras quatro pessoas para fazer a lavagem e ocultação do dinheiro. As penas de cada um variam de cinco a 13 anos de prisão e multas.
Um sétimo acusado da fraude acabou sendo inocentado. A Justiça entendeu que não havia provas do envolvimento dele. O MPF disse que vai recorrer para pedir penas maiores aos outros envolvidos e a revisão da decisão de absolver esse sétimo acusado.
O crime
O golpe foi revelado durante a Operação Éskhara, da Polícia Federal. A fraude teria levado três meses para ser arquitetada. O grupo apresentou uma Declaração de Acréscimo Patrimonial (DAPLoto) falsa ao banco. O documento é emitido pela Caixa quando será feito o pagamento de bilhete de loteria premiado.
Segundo o MPF, o falso ganhador foi até a agência e foi atendido pessoalmente pelo gerente, mesmo com ele estando de férias. O gerente usou as próprias senhas para acessar os sistemas do banco e recebeu o envelope com a DAPLoto falsa. O concurso referente ao prêmio foi realizado em 5 de dezembro de 2013.
O gerente teria aberto uma conta com um nome falso e realizado a transferência. Em seguida, foram feitas 15 novas operações para outras nove contas para tentar despistar a origem do dinheiro. Com a fraude, os criminosos teriam feito dezenas de transferências financeiras menores, comprado sete veículos zero km e até um avião para tentar ocultar o dinheiro.
Na época, a fraude foi considerada a maior da história da Caixa Econômica. O valor levado era o dobro de todo o orçamento do município onde o crime ocorreu naquele ano e a situação deixou os moradores indignados.
Fonte: G1