Com a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurará denúncias envolvendo a distribuição de cestas básicas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso) à população carente, o vereador e presidente da Câmara, Fernando Torres (PSD), usou a Tribuna da Câmara nesta quarta-feira (5), para relatar a possibilidade da realização de mais CPIs, envolvendo o poder executivo de Feira de Santana. O vereador destacou que o prefeito Colbert Martins (MDB) poderia perder o mandato, se continuar ‘desdenhando’ do poder legislativo municipal e 'ignorando' requerimentos enviados por parlamentares da Casa.
“Não aconteceu ainda, mas está perto de acontecer a CPI da cesta básica. Tenho certeza que de como a prefeitura age, terão várias CPIs aqui. Não vai ser a primeira e nem a última. Essa mesa é a mais democrática da Bahia. É dessa forma que vai se conduzir uma CPI. Não estamos mudando o regimento por conta de uma CPI porque terão mais de dez CPIs nesses quatro anos, porque o governo age com desdenha. O governo não responde um requerimento de qualquer vereador. Isso cabe perca de mandato. Se ele não sabe disso, estou avisando a ele, para depois a bancada de governo não vir dizer que nós, da maioria da Casa, estamos perseguindo o prefeito de alguma forma, porque se a prefeitura não responde um requerimento, é improbidade”.
Ele citou o maior grupo de bancada da Casa, composto por dez parlamentares, que é chamada de ‘bancada independente’ e convidou o vereador Correia Zezito para fazer parte do grupo no qual ele (Fernando) lidera.
“O grupo dos 10 [independentes] fica cada vez mais forte. Correia Zezito disse que ainda não está no grupo dos dez. As portas estão abertas para alguns vereadores, mas não são todos, tem alguns vereadores que as portas não estão abertas. Mas para o vereador Correia Zezito, o vice-líder da Casa, Silvio Dias, estão abertas”.
Fernando concluiu dizendo que não deseja cargos vindos do poder executivo e que na prefeitura, trabalham alguns ‘incompetentes’. “Não quero um emprego desse prefeito porque o povo que me acompanha sabe, que as nossas decisões não são vinculadas a prefeitura. Tenho vários currículos para serem enviado, porque todos sabem que temos profissionais competentes para trabalhar, apesar que lá só tem pessoas incompetentes”. (Por Maylla Nunes, com informações do repórter Paulo José)