Acorda Cidade
Lobão criticou diretamente as existência de diferentes cartéis de postos de gasolina pelo país ao lembrar que há nove anos o combustível sai das refinarias com o mesmo preço e que o aumento ocorre nas distribuidoras e nos postos de gasolina. “Nitidamente está havendo cartel. Pedi que a ANP [Agência Nacional de Petróleo] fosse ao Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] para que esse descalabro fosse resolvido”, afirmou.
O ministro disse que, a partir de agora, as punições para os donos de postos que formam cartéis na cobrança dos combustíveis serão rigorosas. Pode haver cobrança de multa e até o fechamento do posto.
Ainda de acordo com o ministro de Minas e Energia, a redução dos preços será uma consequência da ação do governo: “O governo tomou as medidas necessárias, mas precisamos entender que esse é um mercado livre. Precisamos agora elevar drasticamente a produção para que, com o excesso de oferta, se possa ter a redução dos preços.”
Preço do combustível
Na sexta-feira (6), após se reunir com a presidente Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia já havia afirmado que o preço do etanol deveria sofrer reduções. Ele disse ainda que "não cogitava" aumentar o preço do combustível que sai das refinarias da Petrobras. Segundo ele, o governo só deve repensar os valores da gasolina quando houver queda nos preços do barril de petróleo.
"Não haverá alteração no preço dos combustíveis enquanto o preço do barril internacional estiver em torno desses patamares que conhecemos. Não se cogita, portanto, aumento dos patamares dos combustíveis", disse. “Etanol nós já estamos com um abastecimento bastante bom, crescendo o abastecimento, o fornecimento do etanol através das refinarias. E a partir da próxima semana a oferta será muito maior e, como conseqüência, a tendência é uma queda crescente nos preços do etanol”, complementou.
O ministro afirmou que a Petrobras vai aumentar de 5% para 15% sua participação na produção do etanol brasileiro. “Adotamos agora a política também de uma presença mais agressiva da Petrobras na produção de etanol. A Petrobras produz hoje cerca de 5% de todo o etanol consumido no Brasil. Nós vamos avançar rapidamente para a produção de 10%, 12%, 15% nos próximos anos. Em três, quatro anos”, afirmou.
Segundo ele, o objetivo é dar condições para que a estatal possa controlar o preço e o abastecimento do combustível. "Com isto, a Petrobras se transforma definitivamente num regulador eficiente do fornecimento e dos preços do etanol", explicou. As informações são do G1