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Uma piscina desabou em cima da garagem de um condomínio em Itaparica, em Vila Velha, na Grande Vitória, na noite de quinta-feira (22).
Nenhum morador ficou ferido. O prédio precisou ser evacuado e parte da orla do bairro foi interditada durante os trabalhos da Defesa Civil.
O desabamento aconteceu no edifício Parador, onde moram cerca de 270 pessoas. O prédio fica em frente à Praia de Itaparica.
A piscina de 25 metros ficava na área de lazer do prédio. Com a queda, a água saiu pela garagem. Vários pedaços da piscina ficaram espalhados pela calçada.
Moradores do edifício relataram ter ouvido um forte barulho no momento da queda. Assustados, muitos deixaram suas casas sem levar nada.
"Ouvimos um barulho muito grande. Imediatamente procuramos saber o que aconteceu. Fomos à varanda e vimos que saia muita água do prédio e descemos rapidamente, pegamos algumas coisas. Graças a Deus não aconteceu nenhum problema maior", relatou o morador Ubiracy Fonseca.
Apesar de a piscina ter caído sobre a garagem, os veículos que estavam estacionados não foram atingidos.
Moradores afirmaram que sentiram um cheiro muito forte de gás, já que a piscina era aquecida.
O edifício Parador foi entregue pela construtora Argo em 2018. Em nota, a construtora reforçou que o desabamento não deixou feridos e informou que está dando a assistência necessária aos moradores.
Segundo moradores, a construtora está pagando estadia em hotéis da região.
Crea fez vistoria no local
Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizaram, na manhã desta sexta-feira (24), uma vistoria técnica e fiscal no condomínio.
De acordo com o engenheiro civil e gerente de fiscalização do Crea, Leonardo Leal, uma análise inicial apontou problemas estruturais no edifício.
"Constamos que não existia engastamento entre o fundo da piscina e a viga. Engastamento é um aço, uma força de tração. Como o aço é a tração, ele passa pela laje e fica preso em outra estrutura. Isso evita que o fundo possa ceder. Existia o aço, mas não estava preso", explicou Leonardo.
Ainda segundo o engenheiro, o Crea recomendará que os moradores continuem fora do edifício e cobrará para que a construtora faça um projeto de reforço da estrutura.
"O Crea recomenda à Defesa Civil que não libere o retorno deles. O desabamento afetou o piso do subsolo e as colunas, a coluna central do prédio. É perigoso os moradores voltarem. Será feio um novo projeto e um reforço estrutural", disse.
Fonte: G1