Feira de Santana

Novo Centro: comerciantes e pedestres reclamam de lentidão das obras na Rua Capitão França

Os transeuntes estão com dificuldade de ter acesso às lojas, prejudicando as vendas no local.

Laiane Cruz

Comerciantes e consumidores estão insatisfeitos com o andamento das obras do projeto Novo Centro na Rua Capitão França, no centro comercial de Feira de Santana. Eles reclamam que as obras de requalificação da via estão atrasadas, e os transeuntes estão com dificuldade de ter acesso às lojas, prejudicando as vendas no local.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

De acordo com o proprietário de uma loja do ramo de confecções, André Luiz Melo, os empresários estão se sentindo prejudicados. Ele não discorda da necessidade das obras, mas avalia que elas estão caminhando lentamente.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Essa foi uma obra acertada, que há anos estávamos esperando. Chegou em um bom momento, só que o que está acontecendo na verdade é uma animosidade por parte da mão de obra, da execução, tanto da empresa que ganhou a licitação quanto as derivadas. Eles não têm uma sintonia pra demandar a obra em uma velocidade que é necessária quando se fala em ruas comerciais, como é o centro da cidade de Feira de Santana. A obra toma 100% da passagem dos pedestres, fica menos de meio metro, ainda com alguns obstáculos, restos de obras, de pedras, areia, tudo que atrapalha o dia a dia de uma empresa que precisa do transeunte ir e vir com facilidade”, reclamou o comerciante.

Segundo ele, em dezembro as obras aceleraram por conta das festas, depois disso, passaram a ser feitas como morosidade.

“Ainda mais em uma época dessa, que nós não temos os clientes, até porque está tudo em contenção, nada abre, não tem festas comemorativas. E a gente do ramo de confecções sente ainda mais esse impacto, porque roupa não é prioridade nesse momento. A gente sofre porque as obras estão atrasadas. Passado dezembro, veio uma morosidade. E aqui na Capitão França as obras não andam como deveriam, não tem velocidade de obra. A administração do serviço deveria ser muito melhor do que o que vem acontecendo nesse momento. Aqui não passa veículo e não passa nem cliente, não passa nada.”

A estudante Marlene Oliveira, que mora nas redondezas, disse ao Acorda Cidade que sempre vai ao centro da cidade para fazer compras e realizar outros serviços, mas ultimamente tem evitado passar pela Capitão França, sobretudo após a filha ter sofrido um incidente no local.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“Na semana passada, vim com minha filha pra o dentista, chegando em uma esquina ela tropeçou e feriu o dedo do pé. Evito circular no local por conta da obras. Se a gente vacilar e não prestar atenção, a gente acaba caindo. Estamos tendo dificuldade de andar por conta das obras”, relatou.

Outro comerciante, Joseval Lourenço da Silva disse que a loja dele e a do irmão estão sendo grandemente prejudicadas pelo andamento lento das obras de requalificação da Capitão França.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“Tenho minha loja aqui e tem a loja do meu irmão, e a gente está sendo prejudicado desde novembro, sem venda nenhuma, só poeira. A gente não tem mais o que fazer pra trabalhar. Feira está entregue ao pessoal que faz a obra, que fura o mesmo buraco dez vezes pra colocar um cano. Não estão fazendo a coisa acontecer.”

Ele salientou que o movimento caiu muito, mas mesmo com a situação da pandemia e as restrições do comércio, esperava vender um pouco mais.

“A gente não está vendendo 20, 30% do que era pra vender. Mesmo na situação que a gente está pela covid, era pra estar vendendo pouco, mas não como estamos nesse momento, vendendo quase nada por dia. A poeira não deixa a gente trabalhar. No início de novembro, eles começaram a obra, aí param e fazem de novo. Agora estão dizendo que estão terminando a rede de esgoto pra fazer o calçamento, mas até agora a gente não viu nada. Já estamos há três semanas esperando e até agora a gente não viu nada.”

A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência Municipal de Operações e obras e o engenheiro João Vianey, declarou que a prefeitura havia parado as obras por solicitação dos próprios comerciantes.

"Na verdade nós tínhamos um cronograma lá de uma conclusão, de uma intervenção contínua mas no final do ano foi solicitado pelos comerciantes que a gente paralisasse as obras devido as festas do final do ano. Aquela situação do Natal e virada de ano. Então nós fizemos uma primeira intervenção que foi paralisada  no final de novembro, dezembro e retomamos em janeiro concluindo a drenagem. Aí fizemos só uma intervenção de recomposição e agora nós retornamos. Está sendo feito lá o serviço de pavimento, a parte do intertravado. Então o serviço que seria contínuo nós fizemos em três etapas diferentes para tentar minimizar o transtorno naquela região. Assim nós retornamos agora de fato. As obras começaram em novembro, mas não foram contínuas. Nós não estamos lá intervindo durante todo esse tempo e foram três intervenções independentes", concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

 

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