Laiane Cruz
O deputado federal Zé Neto se manifestou na manhã desta segunda-feira (19), em entrevista ao Acorda Cidade, sobre a situação dos ambulantes que se mudaram para o Shopping Popular Cidade das Compras e estão insatisfeitos com as taxas cobradas para permanência no local, falta de estrutura e investimentos, e consequentemente as baixas vendas.
Zé Neto criticou a postura do presidente do consórcio que administra o empreendimento, Elias Tergilene, que afirmou que os comerciantes não sabem dialogar e que, segundo o deputado, está tratando o shopping popular como um comércio particular.
“O shopping popular foi construído com dinheiro público, uma parte suculenta. Foi de R$ 40 milhões, mais ou menos, o custo daquele terreno, e foi designado também um recurso da ordem de R$ 18 milhões do dinheiro público para ajudar na construção do shopping. É uma Parceria Público-Privada (PPP), portanto tem obrigação pública, não é um comércio como ele estava colocando, como se fosse um shopping particular. E essa PPP tem a obrigação de cumprir o que foi prometido e não está cumprindo”, afirmou Zé Neto.
O deputado declarou que a Praça do Tropeiro está abandonada e o Centro de Abastecimento está esquecido, como também o Shopping Popular não cumpriu o que foi acordado no projeto e o que foi deliberado pelo Ministério Público com relação ao setor de artesanato.
Zé Neto criticou ainda o fato, segundo ele, Elias Tergilene ficar mandando recado para os políticos, ao afirmar que querem se eleger às custas dos ambulantes e dos camelôs.
“Eles terão o nosso apoio, não só meu, mas de todos os políticos da cidade que entendem a importância desses ambulantes e camelôs da cidade. E nós tivemos ali uma disputa com os trabalhadores do artesanato, que têm uma situação a mais, que é a questão cultural. Mas, os demais, que estavam no centro da cidade, apoiaram e acreditaram no município, mas agora estão passando por grandes dificuldades e precisam sim do apoio político, da justiça, e a prefeitura precisa cumprir o que foi prometido e não foi oferecido. Quem quer se eleger às custas desses ambulantes são aqueles que prometeram isenção até maio e até agora essas isenções não foram cumpridas. Isso sim que precisa ser denunciado. Não podemos jogar às traças aqueles homens e mulheres que têm uma tradição na cidade e cuidam das suas famílias a partir daquele trabalho”, disparou.
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