Feira de Santana

Diretor da Aspra diz que governo do Estado está perseguindo entidade

De acordo com o diretor, ainda é preciso esclarecer alguns pontos para a sociedade que segundo ele, a mídia tem tentado camuflar.

Gabriel Gonçalves

O diretor da Associação dos Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) em Feira de Santana, o policial militar, Paulo dos Anjos, esteve junto com outros servidores na manhã desta quarta-feira (14), na Câmara Municipal de Vereadores.

Ele disse que ainda é preciso esclarecer alguns pontos para a sociedade. Segundo Paulo dos Anjos, a mídia tem tentado camuflar, e o objetivo é mostrar que a luta continua em busca da justiça com relação a morte do policial militar Wesley Soares Góes.

"Queremos aqui esclarecer alguns pontos que a sociedade não tem conhecimento e a grande mídia está tentando camuflar, queremos mostrar também que a nossa luta da justiça em relação ao soldado Wesley tem provocado no governador um comportamento que não é bom para a democracia. Ele de forma pessoal, determinou que a Secretaria de Administração do Estado da Bahia, retivesse os valores voluntários dos associados da Aspra. Isso é algo muito atentatório à democracia e não vamos nos calar, o objetivo do governador com isso, é nos calar, mas a Associação contratou uma perícia particular para analisar e trazer a luz. O governador está tentando de todas as formas inviabilizar as manifestações e lutas por justiça, não queremos nada mais, nada a menos do que justiça no caso do soldado Wesley", explicou.

Para o diretor, não houve troca de tiros entre o soldado e a equipe do Bope. Segundo Dos Anjos, o soldado Wesley atirou para cima e não contra a guarnição.

"Eu conversei com alguns moradores ali da Barra, eles foram testemunhas daquele caso e todas as pessoas diziam que não houve negociação, os policiais estavam ali fazendo uma espécie de provocação ao soldado, dizendo que ele iria se dar mal, xingando e tentando colocar o cachorro em cima dele. A todo momento ele se manteve tranquilo e ele sempre dizendo que policial era para prender vagabundo e não trabalhador. Colocaram até alguns cinegrafistas atrás da equipe do Bope para dar um ar de proximidade, mas quando a gente olhas as gravações laterais, podemos perceber que há uma distância de 30 a 40 metros e outra coisa, o tiro que ele dá, é no ângulo de 45º, não tinha como atingir ninguém. A perícia que a Aspra contratou esteve ontem fazendo uma simulação e já detectou que de fato, a equipe do Bope foi para matar e não parar o soldado, principalmente com a quantidade de tiros, isso demonstra muito bem que o objetivo era calar a voz do Wesley, mas essa voz vai continuar ecoando nos policiais e bombeiros da Bahia e do Brasil que estão revoltados com essa covardia praticada contra nosso irmão", afirmou o policial ao Acorda Cidade.

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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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