Solidariedade

Semana Santa: músicos são beneficiados com cestas básicas na manhã desta terça-feira

Cerca de 150 cestas básicas foram distribuídas.

Gabriel Gonçalves

Através da parceria de uma inciativa privada com músicos de Feira de Santana, uma ação de solidariedade foi realizada na manhã desta terça-feira (30), com a distribuição de cerca de 180 cestas básicas.

O cantor e compositor, Carlos Pitta, informou a reportagem do Acorda Cidade que a ideia do projeto é beneficiar a classe artística que nesse momento não possui nenhum tipo de renda, e a escolha do período dessa distribuição contempla o momento de Semana Santa, destacando a solidariedade com o próximo.

"A inciativa parte de uma parceria minha com a empresária Ozana Barreto, ela que faz parte do grupo O 'Boticário aqui em Feira e sugeri a ela, que pudéssemos contemplar os artistas de Feira que estão nessa lista da necessidade, doando cestas básicas. Ela acatou esta ideia, no ano passado, entregamos cerca de 300 cestas, incluindo cantores, músicos, dançarinos, técnicos de som, de luz, de forma geral. A Ozana sugeriu que fosse feita essa doação justamente agora na Semana Santa e hoje estamos aqui distribuindo 150 cestas básicas, 150 máscaras cirúrgicas e 100 unidades de álcool em gel", disse.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Carlos explicou que por conta da grande procura de pessoas em busca das cestas básicas, foi preciso adquirir mais kits para realizar a distribuição.

"Como podemos ver, existe uma grande procura aqui de pessoas que estão em busca dessa cesta, muitas ficaram sabendo por conta da divulgação que teve no programa Acorda Cidade e não estão cadastradas, mas fomos em busca de mais kits e trouxemos mais 30 cestas, além das 150 que já estavam aqui. Infelizmente o segmento artístico foi o primeiro a parar e será o último a voltar. Então existe uma grande necessidade desses profissionais. Aqui em Feira de Santana, temos mais de duas mil pessoas passando dificuldades e por isso precisamos encontrar uma solução para que estes não possam continuar passando fome. Aqui não temos auxílio emergencial em dinheiro, mas temos um auxílio emergencial em forma de alimento e outros artistas também estão aqui, prestando essa solidariedade, ajudando essa classe artística", explicou.

Ozana Barreto, empresária do grupo O 'Boticário em Feira de Santana, informou que desde o ano passado, o grupo realiza ações solidárias. Ela destacou o momento da Semana Santa como período para se sensibilizar com o próximo.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Essa ideia não é de agora, até porque realizamos no ano passado doações logo no início da pandemia e o 'Boticário se sensibilizou com a questão dos artistas que ficaram desempregados e estão realmente passando por necessidades. Realizamos três meses de doações e paramos um pouco porque infelizmente tivemos nossas lojas paradas também. Esse é o momento simbólico, a Paixão de Cristo, a ressurreição, renascimento e solidariedade, então graças a Deus estamos tendo bons resultados e aqui em Feira de Santana temos 38 anos e precisamos devolver para a nossa cidade, para os nossos clientes o que já recebemos. Sei que é um momento de tristeza, tivemos muitas perdas, e para essas pessoas que foram embora, desejamos que se tornem luz . Nós que estamos aqui, que possamos cuidar bem do próximo", disse Ozana ao Acorda Cidade.

Presente na ação solidária, a produtora e cantora Márcia Porto, explicou que a união faz a diferença e nesse momento onde há muitos profissionais passando por dificuldades, o apoio e contribuição é de suma importância.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Já estamos vindo aí há um ano de pandemia, estamos ajudando nossos colegas e é assim que conseguimos fortalecer, porque juntos, somos mais fortes. Toda a rede que trabalha com entretenimento, com música está passando por dificuldades e não podemos fechar os olhos. Por isso precisamos fazer o possível, já que alguns políticos não fazem, então nos unimos como irmãos e colegas para ajudar o próximo. Pouquíssimos profissionais possuem um plano B e a maioria mora de aluguel, tem filho deficiente físico e acredito que pela perspectiva, lá para 2022 ou 2023 que iremos voltar a trabalhar. É provável o retorno não seja da mesma forma, mas com muitas restrições", concluiu.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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