Gabriel Gonçalves
A secretaria de Saúde de Feira de Santana divulgou na manhã desta sexta-feira (26), que idosos acima de 68 anos já podem agendar a vacinação contra a covid-19.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o Secretário Municipal de Saúde, Marcelo Brito, informou que o processo da campanha segue em ritmo célere e destacou que nesse momento, a grande dificuldade, é o quantitativo de doses.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"O processo está correndo bastante célere, porém nossa grande dificuldade hoje é a quantidade de vacinas. Nós já estamos vacinando idosos acima de 69 anos e iremos iniciar entre hoje e amanhã, os idosos com 68 anos. É preciso seguir a regrinha que adotamos, aqueles que nasceram no primeiro semestre, serão vacinados no turno da manhã, aqueles que nasceram no segundo semestre, serão vacinados no turno da tarde para não permitir aglomeração", explicou.
De acordo com o secretário, a opção de descentralizar os pontos de vacinação, tem como objetivo ampliar o mais rápido possível a campanha de vacinação, ao modo que a população não enfrentem aglomeração.
"Hoje temos mais de 100 unidades realizando a vacinação. Essa foi uma opção de Feira de Santana, já que Salvador concentrou a vacinação em alguns pontos, mas aqui temos uma característica diferente e por isso o prefeito determinou essa descentralização, ampliando nosso processo de vacinação. Desta forma, evita que as pessoas possam se aglomerar, embora seja uma logística mais complicada para distribuir os imunizantes para todas as unidades, gera um custo maior, mas de qualquer maneira é uma forma que temos para realizar a vacinação na população mais próximo de casa o possível", destacou.
O número de pessoas vacinadas por dia, é muito dinâmico de acordo com o secretário. Segundo ele, existem dias que é possível vacinar até mil pessoas.
"Existe um número muito variado, pois têm momentos que conseguimos vacinar até mil pessoas ao dia, assim como já tivemos momentos que já vacinamos duas mil pessoas. É um número dinâmico, não temos como dar um dado fixo, são características específicas, depende também do processo de vacinação na semana e por isso se torna dinâmico para apresentar números. Na medida que reduzimos a faixa etária, a gente aumenta o número de vacinações, mas não podemos permitir aglomerações, mas destaco que hoje o nosso problema não é aumentar o número de vacinação, e sim, ter a vacina para aplicar, pois estamos com um estoque baixo e a qualquer momento já podemos não ter mais vacinas para distribuir para estas unidades", disse ao Acorda Cidade.
Vacina para pessoas portadoras de doenças crônicas
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De acordo com o secretário, toda resolução dos grupos prioritários é realizada a partir da regulação do Ministério da Saúde. As doses encaminhadas para os municípios, possuem a destinação dos grupos específicos.
"Isso tudo é regulado em portaria ministral, o Ministério da Saúde regula como um todo dentro das possíveis prioridades. Quais são as prioridades, dentro das prioridades? Ao exemplo da hemodiálise, eles não estavam em primeiro na lista dos grupos, mas entraram agora. Então quando recebemos um lote de cinco mil doses, todas esse quantitativo, não vai ser aplicado apenas em idosos, ela vem de forma 'fatiada', para idosos, profissionais da sáude, pacientes em tratamento da hemodiálise e por isso precisamos dessa dinâmica em poder usar a vacina no momento certo, na pessoa certa", destacou.
Pacientes e idosos acamados
Marcelo Britto informou que os familiares ou responsáveis podem estar agendando a vacinação deste público na unidade mais próxima da residência para que uma equipe possa realizar a vacinação.
"Aquelas pessoas que possuem dificuldades ou não conseguem se locomover por razões de algumas doenças se dirigirem para estas unidades, a família pode entrar em contato com o posto mais próximo da residência e agendar esta vacinação e uma equipe será deslocada para que isso seja feito", explicou.
Vacinação em formato Drive-Thru
Para o secretário, não adianta adotar o modelo de Drive-Thru, se não tem um quantitativo de doses suficientes, mas a ideia de retomar com este método não foi descartada.
"Nós estamos reformulando o Drive-Thru, mas não adianta colocar esse modelo, se não têm vacinas suficientes nas unidades básicas de saúde. Estamos fazendo o máximo possível essa vacinação e o Drive-Thru continua em vista, está sendo estudado, mas não é uma opção do momento, precisamos de muitas doses para que isso seja feito", concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Leia também: Dados do vacinômetro do estado, apontam que Feira de Santana já ultrapassou a meta de 85%
